Lisboa já entrou no mapa da Mercadona em Portugal

Foi hoje inaugurada a primeira loja da Mercadona na cidade de Lisboa. A abertura deste novo espaço, localizado na Alta de Lisboa, era há muito aguardada pelos consumidores lisboetas, que terão a oportunidade de fazer as suas compras em mais uma loja do grupo a partir do primeiro trimestre de 2026.  

Isa Baptista está eufórica. Entra na primeira loja da Mercadona de Lisboa em passo apressado, arrastando o filho e um familiar para virem “ver a minha loja preferida em todo Portugal”. Com um sorriso de orelha a orelha, proclama que, “finalmente”, a cidade de Lisboa tem uma loja do grupo espanhol na capital.

Isa Baptista revela ao “Olhares de Lisboa” que já era cliente da loja de Massamá, em Sintra, e que, agora, já tem o “seu” supermercado à porta de casa, uma vez que vive na Alta de Lisboa, evitando deslocações desnecessárias pelo trânsito caótico do IC19 para poder “comprar todos os excelentes produtos que só existem nestes supermercados”.

“Acho que devo ser a cliente mais fiel destes espaços. Compro praticamente tudo aqui e já perdi o hábito de adquirir produtos nos outros supermercados. A qualidade e a diversidade de produtos que aqui encontramos não tem par em mais nenhum lugar. Estou tão feliz de ter um Mercadona à porta de casa”, assume, pegando no filho pela mão para ir “encher o carrinho de compras”.

A Mercadona abriu hoje o seu primeiro supermercado na cidade de Lisboa, localizado na Alta de Lisboa, na Rua Hermínio da Palma Inácio. O retalhista espanhol considera que esta ampliação da presença do grupo no distrito de Lisboa, que começou a operação na zona norte, representa um importante passo no plano de expansão da empresa em Portugal, que chega agora mais perto dos “chefes” (clientes) que “há muito pediam uma loja na capital”.

A inauguração deste novo supermercado Mercadona na Alta de Lisboa contou com a presença do embaixador de Espanha em Portugal, Juan Fernández Trigo, Diogo Moura, vereador da economia da câmara municipal de Lisboa e Carlos Castro, presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara, que realizaram uma visita institucional ao novo supermercado.



“Impacto positivo para a cidade”

Para o vereador Diogo Moura, a abertura da Mercadona na Alta de Lisboa “representa um impacto muito positivo para a cidade de Lisboa e para a nossa economia. Estamos a falar de um investimento de 18 milhões de euros, que se traduz diretamente na criação de emprego e no fortalecimento do tecido económico local”.

Diogo Moura ressalvou ainda os 90 novos postos de trabalho criados e as mais de 100 pessoas que irão juntar-se com a instalação dos escritórios da Mercadona neste espaço.

“Trata-se de um investimento situado numa zona em forte crescimento da zona norte da cidade” que acarreta “desenvolvimento na cidade”.

No primeiro trimestre de 2026, está também prevista a abertura de uma nova loja no Lumiar, “reforçando o compromisso da Mercadona com Lisboa”.

O vereador defende que a implementação da primeira loja deste grupo na capital representa “um dia importante para a cidade e para a sua economia. Lisboa tem vindo a atrair cada vez mais investimento, e quando atraímos investimento, geramos emprego e, acima de tudo, atraímos talento. Esta aposta na cidade de Lisboa deve ser reconhecida e valorizada.”

Lisboa entra no mapa da Mercadona

Ana Carreto, diretora de relações externas distrito de Lisboa, acrescenta que “ter uma loja na capital era uma grande ambição para a Mercadona e podemos afirmar que hoje é um dia feliz para esta equipa de mais de 7000 pessoas no país, onde todos trabalham diariamente para estarmos cada vez mais perto dos nossos “chefes” portugueses. Lisboa entra assim no mapa de lojas da Mercadona, e com um escritório complementar de apoio à operação, 6 anos após termos iniciado o nosso plano de expansão em Portugal”.

Em conversa com o grupo de visitantes reconheceu que a presença do grupo espanhol em solo nacional vai mais além da mera transposição dos produtos espanhóis para os supermercados portugueses. “O nosso presidente (Juan Roig) diz que em Portugal quer ser português”, o que traduz o respeito e a necessidade de adaptação do gigante do retalho ibérico às idiossincrasias do mercado luso.

Excedentes para o Centro Social da Musgueira

À semelhança do modelo de loja do grupo ibérico, o supermercado tem uma área de vendas de 1900 m2 e conta com as secções talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, cuidado do lar e animais de estimação, frutas e legumes, garrafeira e pronto a comer com self-service e várias opções de pratos preparados para levar ou comer na loja, numa zona exclusiva para o efeito. Dispõe de 300 lugares de estacionamento, incluindo 6 destinados ao carregamento de veículos elétricos, “indo ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica”.

Dentro do seu plano de ação social, e à semelhança do que acontece em todas as lojas da cadeia, a Mercadona irá doar desde o primeiro dia bens de primeira necessidade a instituições de solidariedade social, neste caso ao Centro Social da Musgueira.

A Mercadona da Alta de Lisboa foi edificada num terreno com uma área total de 5.000 m2 e cuja operação de loteamento foi desenvolvida pela SGAL – Sociedade Gestora da Alta de Lisboa. Contempla ainda um piso destinado aos novos escritórios, que contará com cerca de 100 colaboradores de diversas áreas que exercem funções no centro do país, tais como recursos humanos, logística e obras.

A Mercadona investiu 18 milhões de euros para a construção deste primeiro espaço na cidade de Lisboa, que acolherá loja e escritórios.

No primeiro trimestre de 2026, a empresa abrirá a sua segunda loja na cidade, na Quinta do Lambert (Lumiar), alcançando o marco das 70 lojas no país.

Investimento de 4500 milhões em produtos portugueses

A empresa destaca que a aposta de longo prazo da Mercadona em Portugal, conta com um plano de expansão em curso há 6 anos que se reflete em mais de 1100 milhões de euros já investidos, possível graças à equipa portuguesa de mais de 7000 pessoas em regime de efetividade.

A Mercadona salienta ainda que “continua empenhada em fortalecer as relações e contribuir diretamente para o crescimento dos fornecedores nacionais que compõem a sua rede, aos quais comprou 4500 milhões de euros entre 2019 e 2024. Este valor, que continuará a crescer com a abertura de novas lojas, reflete-se na criação de riqueza no país e geração de valor para toda a cadeia agroalimentar”.

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