Lisboa despede-se esta terça-feira de Anita Guerreiro, artista que popularizou ‘Cheira bem Cheira a Lisboa’. O velório da atriz e cantora que morreu no domingo, aos 89 anos, decorreu na Basílica da Estrela, em Lisboa, com a presença de alguns amigos e colegas de profissão. O funeral ocorre esta quarta-feira no cemitério do Alto de S. João.
O funeral da criadora de Cheira bem, Cheira a Lisboa realiza-se esta quarta-feira para o cemitério do Alto de S. João e será precedido de uma missa de corpo presente, pelas 16h30, na Basílica da Estrela. Anita Guerreiro, morreu no domingo, aos 89 anos, durante o sono, na Casa do Artista.
A fadista, que se tornou conhecida do público através do concurso radiofónico “Tribunal da Canção”, deu voz a fados e marchas emblemáticos, como Lição de Amor, O fumo do meu cigarro e Cheira bem, cheira a Lisboa.
Bebiana Guerreiro Rocha nasceu em Lisboa, na freguesia dos Anjos, em 13 de novembro de 1936, e começou a cantar aos 7 anos entre familiares e amigos na coletividade Sport Clube do Intendente, no bairro onde nasceu.
Em dezembro de 1952, concorreu ao “Tribunal da Canção”, um passatempo radiofónico do programa “Comboio das Seis e Meia”, na época um enorme sucesso.
O produtor do programa, Marques Vidal, surpreendido com a qualidade da sua prestação retirou-a do concurso e fê-la estrear-se no Café Luso com o nome artístico Anita Guerreiro.
O fado Cheira a Lisboa, estreado em 1969 na revista Peço a Palavra, no Teatro Variedades, foi um dos maiores sucessos da fadista nos tempos áureos do Parque Mayer, segundo especialistas do Teatro.
Na televisão participou em algumas telenovelas e séries portuguesas, como Primeiro Amor, (1995), Roseira Brava (1996), Uma Casa em Fanicos (1998), A Loja do Camilo (1999), Nunca Digas Adeus (2001), Os Batanetes (2004), e Sentimentos, em 2009, com uma ingressão, pelo meio, no cinema, numa interpretação no filme Morte macaca, de Jeanne Waltz.
Em 2004, por ocasião da comemoração dos seus 50 anos de carreira, a Câmara Municipal de Lisboa atribui-lhe a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro.
“Calou-se a voz, mas fica para sempre o legado desta grande Senhora da cena artística portuguesa. Descanse em paz, querida Anita Guerreiro”, escreveu a Casa do Artista na sua página oficial na rede social Facebook.






