O Museu de Lisboa inaugura quinta-feira, dia 17 de maio, uma exposição sobre o passado e o futuro do Torreão Poente da Praça do Comércio O Lugar do Torreão.Esta mostra conta-nos o passado e o futuro do Torreão Poente da Praça do Comércio, um dos símbolos arquitetónicos e urbanísticos de Lisboa. A história começa nos primeiros anos do século XVI, quando D. Manuel mandou construir um novo palácio real, rematado, já dentro das águas do rio, por uma construção de aspeto militar: o Torreão do Paço da Ribeira. Destruído várias vezes ao longo da História, foi duplicado na Lisboa de Pombal nos extremos nascente e poente da nova Praça do Comércio.
Encontrando-se em ruínas o edifício manuelino, Filipe II decidiu fazer um novo Torreão, um volume autónomo presidindo sobre a praça que se lhe erguia a nascente, o Terreiro do Paço.
Depois de 1640, o reino recuperou a independência e o monarca voltou a habitar o Paço da Ribeira. O Torreão sobreviveu incólume à mudança de regime e assim chegou a 1755, ano em que desapareceria pela segunda vez. O terramoto destruiu a materialidade do edifício, mas não a força da sua memória. Por isso, a cidade pombalina que se ergueu sobre os escombros mudou a função do Terreiro do Paço (agora Praça do Comércio), mas voltou a dar corpo arquitetónico ao Torreão, desta vez duplicando-o, nos extremos nascente e poente da nova praça.
Nos séculos seguintes, o Torreão continuou a atravessar regimes: do absolutismo de D. José, que nele não quis viver, passando pela monarquia constitucional que instalou aqui os seus ministérios e pelos republicanismos novecentistas que continuaram a usá-lo como espaço maior da sua representatividade.
A exposição termina com a assunção do Torreão Poente enquanto parte integrante do Museu de Lisboa, com referência às exposições temporárias que desde 2015 foram sendo apresentadas, e com a apresentação do projeto de arquitetura e maquete relativos ao futuro próximo do edifício.