Na Semana Europeia da Mobilidade, a GIRA atingiu os dois milhões de viagens e abriu sete estações foi, hoje de manhã, revelado pelo vereador Miguel Gaspar, da mobilidade da Câmara de Lisboa, junto ao mural «Move-te por um ar mais puro», em Entrecampos.
Para dar o exemplo de boas práticas ambientais e contribuir simbolicamente para a redução das emissões de CO2, o vereador Miguel Gaspar, do pelouro da mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, abdicou do carro e foi de bicicleta revisitar, em Entrecampos, o mural da LIME «Move-te por um ar mais puro». Ao fim de um ano, segundo referiu o autarca, notam-se claramente os efeitos da poluição, «já se começam a ver as manchas cinzentas e o desgaste no mural, inicialmente branco, provocado pelas emissões poluentes».
«À medida que o tempo passa vemos que a qualidade do ar está a diminuir», afirmou Miguel Gaspar, salientando que, em todo o mundo, são lançadas «8 mil toneladas de CO2», calculadas na base «de uma média de 250 gr/Km emitidas pelos carros».
Durante a revisitação deste mural, Miguel Gaspar, que também voltou de bicicleta para o seu gabinete na Câmara, aproveitou para revelar que o número total de viagens realizadas em bicicleta já ultrapassou os dois milhões e que a rede GIRA Bicicletas de Lisboa abriu sete estações, passando, assim a dispor de 81 estações, que se traduzirá num acréscimo do número de bicicletas em operação.
Por seu turno, o administrador da LIME, Álvaro Salvat, referiu que este mural tem como objetivo incentivar os cidadãos a utilizarem «mais as bicicletas», adiantando que as Estações, agora abertas, vão facilitar a vida dos ciclistas, nas suas deslocações diárias
Assim, a partir de agora, Lisboa tem mais estações na Alameda dos Oceanos / Passeio das Garças; Av. 24 de Julho; Praça da Figueira; Rua da Mesquita / Universidade Nova de Lisboa; Av. de Paris; Entrecampos / Av. Forças Armadas; e Faculdade de Ciências.
600 bicicletas «giram» em Lisboa
Com 18 mil passes ativos e uma rede que atualmente dispõe de 600 bicicletas, o sucesso das GIRA é uma realidade, comprovada pelas centenas pessoas que todos os dias pedalam nas ruas de Lisboa, sendo uma inspiração para que, cada vez mais, quem vive e trabalha na cidade opte pelos novos meios de micro mobilidade, mais benéficos para a saúde e mais sustentáveis.
A EMEL, em comunicado, reafirma que, «continuará a trabalhar para garantir o normal funcionamento do serviço e a abertura de outras estações já instaladas, pois acredita que a rede GIRA é uma peça essencial para a transformação do panorama da mobilidade em Lisboa, tendo trazido uma nova forma de acessibilidade e mobilidade, que facilita as deslocações utilitárias (emprego/universidade – casa) e permite maior conforto na articulação com os transportes públicos.»
Em 2011, dados do Censos revelavam que a repartição modal da bicicleta nas viagens pendulares era de apenas 0,2%. Atualmente, com a expansão da rede ciclável, que em 2018 atingiu os 100 quilómetros, e a operação da GIRA, com 81 estações e cerca de 600 bicicletas partilhadas, a percentagem de repartição modal deste meio de micro mobilidade tem vindo a crescer consideravelmente, sendo a tendência para continuar a aumentar. De salientar que o objetivo do município é chegar aos 200 quilómetros de rede ciclável em 2021, na altura em que a cidade acolherá a conferência Internacional Velo-city.
A EMEL acredita que a rede GIRA está a contribuir para tornar a cidade mais organizada e segura para os cidadãos, e reforça a sua preocupação em ajudar a transformar Lisboa numa cidade com uma melhor qualidade de vida, mitigando os efeitos das alterações climáticas e promovendo os meios de mobilidade alternativos ao veículo automóvel particular.