GARCIA DE ORTA SEM URGÊNCIAS À NOITE

A urgência pediátrica do hospital Garcia de Orta vai continuar encerrada à noite devido à falta de médicos especialistas. Como alternativa, vai ser alargado o horário dos centros de saúde de Almada e do Seixal. A partir de 18 de novembro, segunda feira. as urgências pediátricas do Hospital Garcia d´Orta, em Almada, vão passar a estar sempre encerradas no período noturno entre as 20 e as 8 horas. Aos fins-de semana as urgências vão funcionar entre as 10 e as 22 horas.

O anúncio foi feito por Marta Temido, ministra da saúde, numa conferência de imprensa que decorreu hoje no Ministério da Saúde, após reunir-se com a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, e com a Comissão de Utentes de Almada e Seixal.

Marta Temido, em declarações aos jornalistas, garantiu que vai existir um reforço dos horários dos centros de saúde da Amora e Almada/Seixal que, entre 2ª e 6ª, vão funcionar entre 8 e as 24 horas e, aos fins-de-semana, entre as 10 e as 22 horas.

“A maioria dos 3600 atendimentos mensais na triagem de urgência deste hospital, são verde e azul”, sendo que estas pessoas podem recorrer aos centros de saúde, referiu a ministra.

Em relação ao horário, Marta Temido sublinha que tal se deve ao facto de “80% das urgências se realizarem entre as 8 e as 20 horas”.

Para resolver esta carência de pediatras no Hospital Garcia d´Orta, a ministra da Saúde afirmou que já está assegurada a contratação de dois pediatras, “que deverão começar a trabalhar ainda este mês”.

Atualmente, trabalham 28 médicos no serviço de pediatria, dos quais só sete fazem urgência e apenas quatro podem fazer noites porque têm menos do que 55 anos.

Centro de Enfermagem Queijas

Inês de Medeiros quer solução imediata

“Não podemos sair daqui muito descansados porque, para já, no curto prazo, não há uma solução imediata para esta situação”, afirmou Inês de Medeiros, em declarações aos jornalistas, no Ministério da Saúde.

A autarca refere que o Governo continua a procurar especialistas em pediatria e não está a excluir “nenhum tipo de contratação”, incluindo a prestação de serviços e concursos nacionais e internacionais.

Esta situação preocupa Inês de Medeiros, pelo que entende ser importante “encontrar uma solução, nem que seja temporária, para mitigar este encerramento”.

“O que estamos a falar é de criar soluções a curto prazo. É isso que a Câmara de Almada tem dito deste o início. Ficámos muito felizes por saber que há concursos que estão a ser lançados, mas, enquanto não estão concluídos, importa encontrar uma solução alternativa”, concluiu.

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