UM RESTAURANTE QUE MUDOU A VIDA DOS SEM-ABRIGO

O chef Nuno Bergonse é o responsável do conceito gastronómico do novo espaço «É Um Restaurante», na Rua de S. José, em Lisboa, que se distingue pelas pessoas que lá trabalham. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, foi um dos primeiros «clientes» do novíssimo espaço «É um restaurante» que tem a particularidade de ser um projeto de intervenção social e que envolve pessoas em situação de sem-abrigo.

O espaço fica na Rua de São José, 56, perto da Avenida da Liberdade e tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa que cedeu as instalações e financiou também a sua viabilização. O “É um Restaurante” é um projeto dinamizado pela Associação de Intervenção Comunitária CRESCER, e conta igualmente com outros parceiros, como a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Segurança Social e a SIC Esperança.

O chef Nuno Bergonse, que desenvolveu todo o conceito gastronómico do restaurante, apadrinha também esta iniciativa, que procura capacitar, com vista à integração no mercado de trabalho, as pessoas que ali trabalham.

São nove as pessoas que viram o seu projeto de vida completamente alterado. Viviam na rua e começaram um novo projeto de vida neste restaurante, onde encontraram uma tábua de salvação para uma vida melhor.

O espaço tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa que cedeu as instalações e financiou também a sua viabilização. O “É um Restaurante” é um projeto dinamizado pela Associação de Intervenção Comunitária CRESCER.

“Este projeto tem por objetivo integrar as pessoas sem-abrigo no mercado de trabalho. Todos tiveram cursos de formação em hotelaria e uma formação com a Crescer. Depois, tiveram seis meses em formação no local de trabalho e, ainda, mais seis meses num estágio profissional e, só após isso, é que entraram no mercado de trabalho”, explica Américo Nave, diretor executivo da Crescer.

“Devido à situação frágil em que se encontram, precisaram de uma equipa e de um projeto inicial para entendermos as suas necessidades e ajudá-los a dar os primeiros passos”, sublinha este responsável.

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Segundo Américo Nave, “a psicóloga que acompanha estas pessoas, sente-as mais confiantes e autónomas. Neste momento, pensam mais no seu futuro do que quando iniciaram o projeto”.

Fernando Medina considera este que projeto “é importante para os sem-abrigo terem uma oportunidade de inserção profissional”. O presidente da autarquia considera que a inserção profissional é uma das necessidades básicas dos sem-abrigo, a par da habitação e saúde”.

Segundo o autarca, esta iniciativa “tem uma dimensão de inserção profissional” para os sem-abrigo, complementada pela formação profissional”.

Para o vereador Manuel Grilo, do Bloco de Esquerda, o projeto da Associação Crescer permite “aos sem-abrigo terem um estágio em contexto de formação e dar a estas pessoas a possibilidade de adquirirem hábitos de trabalho”.

Para além da Crescer, este projeto conta igualmente com outros parceiros, como a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Segurança Social e a SIC Esperança.

Este projeto está interligado com o Plano Municipal para a Pessoa em situação de Sem-Abrigo (PMPSA) 2019-2021, que representa um investimento de 4,5 milhões de euros.

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