Ao todo foram mais de 4.500 pessoas que, no domingo, plantaram 20 mil árvores em quatro locais de Lisboa, numa iniciativa que marcou o arranque da cidade como Capital Verde Europeia.
Mais de 4.500 pessoas plantaram vinte mil árvores em quatro locais de Lisboa, numa iniciativa que marca o arranque da cidade como Capital Verde Europeia 2020. Objetivo é chegar às 100 mil em 2021
«Estamos com isto a melhorar os nossos parques verdes e com a plantação de 100 mil árvores vamos melhorar os nossos parques com mais árvores e melhores condições», disse o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, durante uma das iniciativas que decorreu no Parque Urbano do Vale da Ameixoeira, onde foram plantadas seis mil árvores.
Segundo Fernando Medina, esta iniciativa tem ainda o significado de permitir a mobilização das famílias com milhares de pessoas envolvidas. «É um momento de partilha e a forma de cada um se mobilizar para a ação no ano em que Lisboa é a Capital Verde Europeia», disse.
Ao todo foram mais de 4500 pessoas inscritas num movimento que Fernando Medina classifica de importante para a cidade de Lisboa, destacando que as plantações vão ocorrendo ao longo do ano, mas que esta é a maior de todas. A informação sobre novos momentos de plantação de árvores estará disponível no site da Câmara Municipal.
A plantação de árvores, segundo defende o presidente da Câmara de Lisboa, ajuda a combater um dos efeitos mais negativos das alterações climáticas que é a onda de calor. «Sempre que se fazem zonas de plantação como estas a temperatura nas imediações pode baixar entre três e cinco graus centígrados. Já temos essa experiência na Avenida da República onde depois da plantação de árvores a temperatura baixou significativamente, melhorando a qualidade de vida», disse.
De acordo com Fernando Medida, a plantação massiva pela cidade vai ter esse efeito de ajudar a reduzir a temperatura. Das 20 000 árvores plantadas no domingo, 4.000 foram em Rio Seco (Ajuda), 6000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e 1000 no corredor verde de Monsanto.
O galardão de Cidade Verde tem distinguido cidades europeias que «são referência sempre que se fala de sustentabilidade e ambiente», como Copenhaga, Estocolmo e Oslo.
Menos carros na baixa
Por outro lado, também inserido no combate às emissões de carbono, a zona da Baixa-Chiado, em Lisboa, passará a ser «zona de emissões reduzidas onde a circulação automóvel será reduzida ao mínimo indispensável», reafirmou, no decorrer da cerimónia de inauguração de Lisboa Capital Verde, o presidente da autarquia, Fernando Medina.
«Vamos avançar em definitivo para combater a poluição nas zonas centrais da cidade de Lisboa, reduzindo a circulação automóvel na Avenida da Liberdade e na Baixa da cidade», afirmou Fernando Medina.
A criação da zona de emissões reduzidas da Baixa-Chiado, acrescenta tem como objetivo «reduzir a circulação automóvel ao mínimo indispensável, combatendo um dos focos principais de risco ambiental para a cidade de Lisboa, a poluição na Avenida da Liberdade».
O município vai avançar com a medida, porque acredita que o atual sistema de transportes públicos vai assegurar que tudo irá «funcionar bem e que se irá viver melhor naquela zona».