A ministra da Saúde, Marta Temido, e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, inauguraram a Unidade de Saúde Familiar do Areeiro e «lançarem a primeira pedra» das USF da Alta de Lisboa e do Alto dos Moinhos. As novas unidades de saúde familiar da Alta de Lisboa e do Alto dos Moinhos, cujas obras se iniciaram nesta segunda-feira, deverão estar concluídas dentro de um ano e meio, anunciou o presidente da autarquia da capital, Fernando Medina, que acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, estiveram nas cerimónias de lançamento da primeira pedra de cada um destes centros de saúde e inauguraram a nova Unidade de Saúde Familiar do Areeiro, que servirá cerca de 11 mil utentes.
A Unidade de Saúde Familiar da Alta de Lisboa vai dar resposta a cerca de 30.400 utentes, das freguesias do Lumiar e de Santa Clara, num investimento de 3,5 milhões de euros, enquanto o centro de saúde do Alto dos Moinhos tem capacidade para 15.200 munícipes e implica um investimento total de 2,4 milhões.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a unidade da Alta de Lisboa disponibilizará 20 gabinetes de consulta, oito gabinetes de enfermagem, quatro salas de tratamentos, seis salas de exames, uma sala de saúde oral e uma sala de movimento.
Já a Unidade de Saúde Familiar do Alto dos Moinhos terá 10 gabinetes de consulta, quatro gabinetes de enfermagem, duas salas de tratamento, quatro salas de exames, uma sala de saúde oral e uma sala de movimento.
Estes centros de saúde fazem parte de um conjunto de 14, que estão a ser construídos ou requalificados pela Câmara de Lisboa, num investimento superior a 50 milhões de euros, para os quais foram assinados em 2017 protocolos com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Prontos em 2021
Ontem, o presidente da Câmara, Fernando Medina, após realçar que estas unidades são um reforço do sistema de saúde de Lisboa, estimou que «no final de 2021, início de 2022, o processo esteja concluído e a capital disponha de centros de saúde com mais valências do que aquelas que hoje normalmente um centro de saúde tem na cidade de Lisboa».
Para Fernando Medina, a entrada em funcionamento destes equipamentos vai «reduzir a necessidade de os utentes recorrerem aos hospitais», porque estas unidades de saúde familiar tem um papel importante «na prevenção da doença».
O acordo celebrado entre a Câmara de Lisboa e o Ministério da Saúde prevê a substituição dos centros de saúde sediados em prédios de habitação. Recorde-se que estas unidades são frequentadas por mais 300 mil utentes.
Por seu turno, a ministra da Saúde, Marta Temido,salientou que o início da construção dos novos centros de saúde constitui um «marco muito importante do caminho que já foi feito e que ainda há para fazer».
Segundo a ministra, o Governo está empenhado no reforço dos Sistema Nacional de Saúde e, por isso, orçamentou uma verba de 42 milhões de euros para o sector da saúde, revelando que vão ser realizadas contratações de 8.400 profissionais de saúde.
A diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Norte, Manuela Peleteiro, adiantou que os centros de saúde da Charneca e Lumiar, que serão transferidos para a nova unidade da Alta de Lisboa, já têm uma «excelente cobertura de médicos de família e que, o próximo concurso para médicos de família, vai ficar com cobertura total».
Coronavírus com planos de contingência
A ministra da Saúde revelou no decorrer da cerimónia de «primeira pedra» da USF de S. Domingos de Benfica que a Direção-Geral de Saúde (DGS) está a atualizar os planos de contingência para o novo coronavírus (Covid-19), estando a trabalhar com um conjunto de peritos de várias áreas do país que se deslocaram para fazer a atualização daquilo que são os planos de contingência para o coronavírus.
A ministra explicou que se trata, no fundo, de «adaptar o plano genérico que já existe», acrescentando que «há especificidades deste surto, de acordo também com aquilo que foram as orientações que saíram da reunião de ministros da semana passada, em Bruxelas».
«E, portanto, seguramente que um surto deste tipo nos convoca a repostas que têm de ser dinamicamente adaptadas, que haverá algumas fragilidades e que estamos preparados para continuar a trabalha»”, concluiu Marta Temido.