Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures, visitou hoje o Centro Cultural e Social de Santo António dos Cavaleiros que apoia mais de 1300 pessoas e anunciou, para breve, a reabertura de alguns parques municipais, bibliotecas e outros espaços públicos.
Loures está a atribuir meios financeiros e bens alimentares a instituições de solidariedade social e a famílias, apoiando, neste momento, mais de sete mil pessoas. Mas, como avisa Bernardino Soares, a segurança social tem que «começar a dar respostas a esta situação». Até porque os dinheiros da autarquia «são finitos».
Estas afirmações do presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, foram realizadas esta manhã, durante uma visita ao Centro Cultural e Social de Santo António dos Cavaleiros, uma das instituições de carácter social do concelho apoiadas pela autarquia com meios financeiros e bens alimentares, e que, diariamente, apoia cerca de mil pessoas.
O valor total do investimento municipal já ultrapassa o meio milhão de euros. Bernardino Soares explica: «Estamos a atribuir mais de 100 mil euros por mês em alimentos a instituições que prestam este tipo de apoio. São cerca de 25 mil euros por semana», garantindo que a «forma mais eficaz de ajudar as pessoas é através das instituições».
O presidente da Câmara de Loures salientou que o papel da autarquia, perante esta situação de emergência, foi o de organizar «as redes de solidariedade social existentes» e dar «resposta ao aumento substancial das novas necessidades sociais», surgidas com a perca de rendimentos de muitos munícipes por causa do desemprego e pela entrada de muitos trabalhadores em lay-off.
Perante esta situação, Bernardino Soares recordou que, «ainda, na quarta feira, foi aprovado um apoio financeiro extraordinário para as instituições que registam um maior número de pessoas a necessitar de apoio».
Bernardino Soares, que reconheceu que «não é possível ter o município a responder a todas as novas situações de emergência social», anunciou que a edilidade está a encarar «a realização de uma revisão orçamental para fazer face às novas despesas criadas com a pandemia», porque, neste momento, «é necessário reajustar as prioridades, mantendo o investimento no concelho e o apoio social». Ou seja, na perspetiva de Bernardino Soares, «é preciso encontrar um equilíbrio financeiro para manter os investimentos municipais e as ações de apoio social».
O autarca, que fez questão de sublinhar que os apoios são para manter, lembrou que, à semelhança do que aconteceu com o Centro Cultural e Santo António dos Cavaleiros, mais 23 instituições de carácter social do concelho também estão a ser apoiadas pela Câmara, recordando que essas entidades prestam apoio a mais de sete mil pessoas carenciadas, através de ajuda alimentar, com refeições confecionadas (cantina) e/ou bens alimentares (cabaz).
Face ao aumento exponencial do número de famílias que procuram ajuda em consequência da crise socioeconómica provocada pela pandemia COVID-19, a Câmara já investiu mais de 500 mil euros, porque – conforme confessa o edil – «estamos conscientes de que as necessidades vão continuar a aumentar, por isso todos estes apoios sociais são para manter, até para colmatar o que a Segurança Social não está a fazer».
Bernardino Soares, que anunciou para breve a reabertura de dois parques municipais e das bibliotecas e cemitérios, recordou a Câmara Municipal já distribui também equipamentos de proteção individual pelas instituições, no valor de 100 mil euros, e, nos últimos dois meses, transferiu verbas para as instituições com valência de creche, atribuindo 50 euros por criança, permitindo assim um alívio no pagamento das prestações das famílias.
Oferta de máscaras comunitárias
O presidente da Câmara Municipal de Loures anunciou ainda que estão a ser entregues máscaras comunitárias à população e está, também, a ser distribuído equipamentos de proteção individual às IPSS.
Recentemente, relembra Bernardino Soares, a autarquia distribuiu 1.800 máscaras de proteção, de 2.900 jogos de luvas e mais de 300 litros de desinfetante, por 29 instituições com respostas sociais no concelho.
«Estamos a distribuir este ‘kit’ para que estas IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) possam ter proteção. Estamos a falar de material difícil de encontrar no mercado e que lhes confere maior segurança», justificou o autarca.
Bernardino Soares explicou que se trata de instituições com resposta de Estrutura Residencial para Idosos, Lar, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário, apoio alimentar e ainda creches que estão a funcionar para receber os filhos de profissionais de serviços essenciais.