O Festival MOTELX, com mais de 70 sessões, abre com o terror paranormal espanhol de Malasaña 32 e encerra, no dia 14, com The Rental. Antes da abertura, existirá uma performance a partir de Gonçalo M. Tavares e um jantar inspirado em Pessoa.
A vereadora da Cultura e das Relações Internacionais, Catarina Vaz Pinto, em representação da Câmara Municipal de Lisboa, vai estar presente no lançamento da edição deste ano do MOTELX, a 14.ª edição decorre de 7 a 14 de Setembro no Cinema S. Jorge, e volta a contar este ano com a parceria estratégica da Câmara Municipal de Lisboa.
Respeitando todas as regras e condições de segurança, o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa abre a edição de 2020 com “A MULHER-SEM-CABEÇA”, numa sessão que junta as palavras do escritor Gonçalo M. Tavares, a música de um dos mais relevantes MC da atualidade, Papillon, e o desenho cénico ao vivo de António Jorge Gonçalves.
O MOTELX promete «mais de 70 sessões para matar saudades do grande ecrã e mostrar o lugar único que o cinema de terror tem no mundo de hoje», refere a organização. A programação contará ainda com as estreias mundiais de “A beast in love”, do japonês Koji Shiraishi, e “History of the occult”, do argentino Cristian Jesús Ponce. Destaque ainda para a inclusão do filme brasileiro “Macabro”, de Marcos Prado, na programação, e, em sessão especial, de “Epidemic”, filme de Lars von Trier, de 1987.
A direção do MOTELX tinha já anunciado anteriormente uma retrospetiva sobre racismo e cinema de terror, com filmes “precursores do movimento ‘Black Lives Matter’”, e um convite a Pedro Costa para a secção “Quarto Perdido”, com a exibição de “Ne change rien” (2009) e “Cavalo Dinheiro” (2014).
A secção “Serviço de Quarto” «mostra este ano um número recorde de filmes realizados por mulheres, como “Saint Maud”, de Rose Glass, “Relic”, da escritora Natalie Erika James, e “The trouble with being borne”, de Sandra Wollner».
A competição de curtas-metragens portuguesas contará com os filmes “A Grande Paródia”, de André Carvalho, “Carnaval Sujo”, de José Miguel Moreira, “Com Sono, Mas Não Durmo”, de Tiago Bastos Nunes, “Death on Tape”, de Pedro Miguel Costa, “O Intruso”, de Hugo Pinto, “Karaoke Night”, de Francisco Lacerda, “Loop”, de Ricardo M. Leite, “Mata”, de Fábio Rebelo, “Mirror Room”, de David Seguro, “Petrichor”, de Gustavo Silva, “Porque Odeias o Teu Irmão?”, de Pedro Martins e Inês Marques, e “O Silêncio”, de Pedro Caldeira e Paulo Graça.
Sete filmes em competição
Este ano há sete filmes em competição pelo prémio MOTELX de melhor longa-metragem: “Advantages of Travelling by Train”, de Aritz Moreno (Espanha), “Amulet”, de Romola Garai (Reino Unido), “Darkness”, de Emanuela Rossi (Itália), “Hunted”, de Vincent Paronnaud (Irlanda/Bélgica), “Pelican Blood”, de Katrin Gebbe (Alemanha), “Sputnik”, de Egor Abramenko (Rússia), e “Stranger”, de Dmitriy Tomashpolski (Ucrânia).
O MOTELX será antecedido por três dias de eventos ‘warm-up’ (de aquecimento, em português), ao ar livre, entre hoje e sábado. Assim hoje, dia 3, o Convento de São Pedro de Alcântara acolhe a performance “A Mulher-Sem-Cabeça”, a partir de um texto de Gonçalo M. Tavares, com ilustrações ao vivo de António Jorge Gonçalves e voz do ‘rapper’ Papillon.
Amanhã, dia 4, o Espaço Brotéria recebe um jantar encenado, inspirado num texto de Fernando Pessoa, com supervisão artística de Albano Jerónimo, e a estreia em encenação de duas estudantes de teatro e cinema, Matilde Carvalho e Rita Poças.
Por fim, para sábado, 5 de setembro, está marcada a exibição, ao ar livre, no Largo Trindade Coelho, de “The Host”, de Bong Joon-ho, o mesmo realizador de “Parasitas”
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