Oeiras já tem um Gabinete de Apoio ao Empresário e Investidor. Inaugurado, sexta feira, pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, este balcão tem como principal função «auxiliar os empreendedores, designadamente na apresentação de candidaturas a projetos».
A Câmara Municipal de Oeiras mantêm a aposta nas captação de empresas e de investimento para o concelho, tendo criado, na sexta feira, o Balcão de Apoio ao Empresário e ao Investidor, que vai permitir unir esforços no apoio às empresas já estabelecidas ou que se pretendem estabelecer no território e na captação de investimentos. Na mesma cerimónia foi assinado um protocolo de Cooperação e Participação Financeira com a Associação Empresarial da Região de Lisboa (AERLIS) e com a Associação Comercial e Empresarial dos Concelhos de Oeiras e Amadora.
Desta forma, o concelho de Oeiras fica com três Balcões de Apoio aos Empresários de Investidores: um, localizado junto à Câmara Municipal de Oeiras, outro nas instalações da ACECOA em Algés e o terceiro nas instalações da AERLIS, na Rua Coro de Santo Amaro de Oeiras, Oeiras.
Estes três balcões, que representaram um investimento de cerca de 180 mil euros, tem como principal função incentivar potenciais empresários no apoio a novas ideias e perspetivas de negócio com o objetivo de promover a sua fixação no território, bem como proporcionar a melhoria da qualidade do atendimento municipal em geral junto do mundo empresarial.
Estes balcões pretendem dar uma nova resposta de serviço público, contribuindo para um novo modelo de desenvolvimento e facilitar uma maior aproximação ao tecido empresarial português. Dar resposta resposta às inúmeras questões burocráticas que dificultam a vidas empresas é um dos objetivos destes balcões que tem como principal função «auxiliar os empreendedores na apresentação das candidaturas a projetos e pedidos de apoio financeiro, salientou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, durante a cerimónia de inauguração deste Balcão de Apoio ao Empresário, instalado na antiga sede da Junta de Freguesia de Oeiras, na Rua do Marquês de Pombal, e que contou com a presença do presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva
Isaltino Morais, que se encontrava acompanhado por vários membros do executivo municipal e pelos presidentes da União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, Maria Madalena Silva Castro, da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Inigo Pereira, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Porto Salvo, Dinis Antunes, realçou que o Balcão de Apoio ao Empresário e ao Investidor (BAEI), vai prestar um atendimento personalizado aos investidores (pequeno, médio e grande empresário), a todas as empresas já sediadas ou ainda a todas as empresas, de âmbito nacional ou internacional, que queiram vir a instalar-se futuramente no território de Oeiras.
Este serviço, justificou Isaltino Morais, pretende ser um elemento facilitador na relação entre o Município de Oeiras e os Empresários, proporcionando uma melhoria da qualidade do atendimento municipal em geral junto do mundo empresarial.
O BAIE disponibiliza um serviço, gratuito e personalizado, que visa apoiar e dar respostas aos seus empresários e respetivas empresas, de âmbito local, regional, nacional e internacional, em articulação com outras instituições públicas e privadas.
Com o desenvolvimento deste serviço púbico, a autarquia pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável do tecido económico local, regional e nacional, assim como para o aumento da taxa de empregabilidade numa perspetiva de modernização, competitividade e captação de investimentos regionais, nacionais e internacionais.
Empresas de Oeiras internacionalizam-se
Oeiras tem por objetivo posicionar-se no mapa empresarial internacional e reforçar a sua posição como município de referência em Portugal, defendeu Isaltino Morais, considerando que esta ambição assenta numa nova dinâmica em todo o concelho, que se quer renovada e amplamente enquadrável na marca “Oeiras Valley”.
Nas palavras do Presidente da Câmara Municipal, Isaltino Morais, «queremos que Oeiras, à semelhança de Silicon Valley, seja um polo de atração do melhor talento, das melhores ideias e da melhor tecnologia. Queremos fazer de Oeiras o maior ecossistema de inovação do País, favorecendo a instalação de empresas de base tecnológica, farmacêutica e investigação, estimulando a criação de empregos com alto valor acrescentado».
Para o autarca, «a ideia de ter estes balcões surgiu da necessidade de apoiar as pequenas e médias empresas e os comerciantes nas dificuldades que muitas vezes têm com questões burocráticas e apoios. Estes balcões vão permitir um diálogo direto, no sentido de lhes facilitar a vida. Temos de estar preparados para que os nossos empresários sejam capazes de investir, de gerir recursos».
Assim, do ponto de vista do edil, «é importante que o investimento seja gerador se riqueza, quer a nível municipal, quer a nível nacional. O nosso propósito é que os pequenos negócios tenham continuidade e, no futuro, queremos prestar apoio, não só em situações de emergência, mas na preparação de candidaturas a apoios comunitários».
Já para os responsáveis da ACECOA, João Antunes, e da AERLIS, Rui Rego, «este apoio disponibilizado pelo Município é muito importante, sobretudo, num momento difícil para os empresários e na preparação para os desafios futuros».
João Antunes, da ACECOA, salientou que «o apoio é extremamente importante para o pequeno comércio, nos tempos que correm», lembrando que a decisão camarária de permitir a instalação de esplanadas foi crucial «para a viabilização económica de muitos pequenos negócios».
Por seu turno, a AERLIS considerou, nas palavras do presidente da comissão executiva Rui Rego, que «o apoio é fundamental para a vida das empresas, porque é tempo de começarem a reestruturarem-se e prepararem-se para os tempos difíceis que vão vir».
O dirigente da AERLIS referiu, ainda, que este balcão «vai tornar as empresas de Oeiras mais competitivas».
Para ambos os dirigentes empresariais, é fundamental unir esforços no apoio às empresas já estabelecidas ou que se pretendem estabelecer no território e na captação de investimentos.
Grande densidade empresarial
Segundo, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Oeiras é um dos concelhos que mais atrai as empresas em Portugal, nomeadamente nos sectores da ciência e tecnologia, informação e comunicação e educação foram os que mais cresceram.
Oeiras – revela o INE – é o quinto concelho português com maior densidade empresarial, com 537,3 empresas por quilómetro quadrado. Este valor supera em mais de 38 vezes a média nacional, que é de 13,9 empresas por quilómetro quadrado, e mais do que quadruplica o apurado no conjunto da Área Metropolitana de Lisboa, que é de 121,6.
De acordo com o INE, o número de sociedades (excluindo empresários em nome individual e trabalhadores independentes) instaladas em Oeiras cresceu 16,3%, entre 2009 e 2018, para 9.482. O movimento do setor das “atividades de consultoria, científicas e técnicas” destaca-se, com um crescimento de 23,3%, para 1.649 sociedades, mas também o da “educação”, com um aumento de 20%, para 185, e, ainda, o setor da “informação e comunicação”, com um salto de um terço, para 693 sociedades. Em conjunto, mostram o cumprimento do objetivo definido de apostar na atração de empresas que evidenciem um perfil tecnológico.