CÂMARA DE OEIRAS QUER ALICERÇAR NOVO CICLO DE CRESCIMENTO NO “CASAMENTO” DO TURISMO COM A CULTURA

O vice-presidente da câmara de Oeiras explica os passos deste município rumo a um novo ciclo de prosperidade e de crescimento.  

A pandemia de Covid-19 continua a marcar a agenda mediática a nível mundial. Portugal é hoje um dos países com a situação mais complicada e onde se vivem tempos de total incerteza.

A nível local, são vários os municípios a braços com situações de calamidade pública, mas há alguns que não se escudaram na impotência e que resolveram atuar por sua conta e risco no combate aos efeitos nefastos da pandemia. A câmara municipal de Oeiras tem sido pioneira em variadas ações de apoio a quem está na linha da frente no combate ao Covid-19 e tem-se destacado como sendo uma das autarquias mais voluntariosas no panorama nacional.

No início do mês, arrancou, mais uma vez, com o fornecimento de refeições a profissionais mobilizados para o exercício de funções essenciais.

O vice-presidente da câmara de Oeiras, Francisco Rocha Gonçalves, reconhece ao OLHARES DE LISBOA que esta medida, em que a câmara está a distribuir refeições a quem está na linha de frente do combate, mas também as linhas de retaguarda, como os bombeiros ou polícias, é uma forma de agradecimento e reconhecimento e também uma contribuição para que estes homens e mulheres não se vão abaixo.

Francisco Gonçalves assegura que esta medida, bem como a compra de ventiladores para as unidades de saúde locais e o apoio aos profissionais de saúde com a oferta de vouchers de hotel, entre outras, entroncam no espírito de solidariedade que “faz parte do ADN do executivo camarário” e que muito tem contribuído para dignificar as dinâmicas políticas no concelho.

“Não podíamos ficar de braços cruzados à espera que o problema passasse. Não podíamos deixar ninguém para trás”, justifica.

E acrescenta que a autarquia de Oeiras já fez um investimento de “11 milhões de euros” com uma série de programas que têm ajudado a atenuar os impactos da pandemia no concelho.

Francisco Gonçalves lembra, por outro lado, que a ação social deste executivo tem já uma longa tradição – pioneiro a nível nacional – e que foi o presidente Isaltino Morais que, há 30 anos, conseguiu levar avante uma “verdadeira mudança social” em Oeiras, demolindo barracas e levando a cabo uma política social que é hoje cobiçada pela maior parte dos municípios portugueses.

Cultura assume protagonismo

O vice-presidente da câmara de Oeiras revela-nos alguns dos projetos que “irão mudar por completo o concelho”, como a candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura. A câmara de Oeiras lançou o “Oeiras 27”, uma marca estratégica que irá integrar a candidatura para Capital Europeia da Cultura em 2027, mas que pretende afirmar-se como um novo ciclo no desenvolvimento do concelho.

O “Oeiras 27” assenta em cinco eixos estratégicos: Oeiras, Ecossistema Urbano; Oeiras, Capital da Poesia e das Culturas de Língua Portuguesa; Oeiras, Capital das Artes e da Criatividade; Oeiras, Capital das Heranças Culturais; Oeiras, Capital do Património Marítimo.

Para Francisco Gonçalves, este projeto, que “casa” a Cultura com o incremento de uma aposta mais robusta no setor do Turismo, vai alavancar um novo ciclo de crescimento e de prosperidade em Oeiras.

Não obstante a clara aposta neste novo vetor de investimentos, há mais boas notícias para a economia deste município. Há já novas infraestruturas que irão representar um marco histórico no tecido económico de Oeiras. Em concreto, a criação do Centro de Congressos ou a edificação do World Trade Center, que irá criar algumas centenas de empregos qualificados, mas também gerar postos de trabalho para oeirenses menos qualificados (empregados de limpeza, seguranças, etc.), porque “todos contam” para este executivo, segundo Francisco Gonçalves.

O World Trade Center será um dos maiores edifícios de escritórios do país e está a nascer no concelho de Oeiras, em Carnaxide, num projeto imobiliário que envolve um investimento de 120 milhões de euros, mas Francisco Gonçalves anota que o Tagus Parque (um projeto que estimulou o crescimento imparável de Oeiras) está em fase de crescimento, o que constitui “uma ótima notícia”.

Francisco Gonçalves, em entrevista de fundo que poderá acompanhar na próxima edição em papel do Olhares de Carnaxide e Queijas, explica, ao pormenor, as principais medidas e ambições do executivo.

 

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