A Câmara Municipal de Oeiras inaugurou, hoje, sexta-feira, um ‘hostel’ social destinado a acolher temporariamente 18 pessoas em situação de sem-abrigo e pessoas com problemas socioeconómicos. Isaltino Morais aproveitou a cerimónia para apelar aos poderes públicos para realizarem um diagnóstico da real situação das pessoas sem-abrigo.
O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, inaugurou um novo equipamento social, situado na rua Mouzinho de Albuquerque, em Oeiras, destinado a atender as necessidades de pessoas em situação de sem-abrigo no concelho ou cuja condição socioeconómica foi agudizada pela atual situação pandémica”.
O autarca aproveitou a ocasião para tecer algumas criticas ao Governo e ao Presidente da República, defendendo que estes só aparecem para distribuir alimentação e, nos dias mais frios, para «falarem da necessidade de resolver a situação das pessoas que vivem na rua». Do ponto de vista de Isaltino Morais, o poder politico tem que realizar um diagnóstico claro da situação em que vivem essas pessoas. «É preciso distinguir se a pessoa sem-abrigo está na rua por não ter casa e, por isso, tem de se lhe dar uma casa, ou se está na rua por problemas de saúde mental, toxicodependência ou alcoolismo e, nesses casos, tem de se lhes arranjar um acompanhamento médico e, posteriormente, entregar-lhes uma casa».
Em jeito de desabafo afirmou: «Todos estão preocupados com os sem-abrigo, como se fossem resolver o problema». Em contraponto, Oeiras, como dirige toda a sua estratégia para as pessoas, tentando criar as melhores condições de vida para a população, «não quer nenhum sem-abrigo no concelho, porque se estão a criar as condições para os acolher e prepara-las para terem casa», afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oeiras.
O novo equipamento, “criado” na antiga sede da Academia Sénior de Oeiras, segundo explicou Isaltino Morais, será gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Oeiras e o espaço atribuído às famílias com problemas socioeconómicos ficará sob a responsabilidade do próprio município.
Composto por dois pisos, este edifício dará duas respostas sociais diferentes à população: o acolhimento de emergência de pessoas em situação de sem-abrigo para dar «uma resposta social mais adequada consoante as situações e o acolhimento de pessoas ou famílias em situação de emergência».
Este novo equipamento social, que implicou um investimento de 300 mil euros, faz parte das soluções desenvolvidas «para melhorar a resposta às situações de emergência e de vulnerabilidade socioeconómica do tecido social do território».
Segundo Isaltino Morais, a autarquia está atenta «à problemática de pessoas em situação de sem-abrigo no concelho, ou cuja condição socioeconómica foi agudizada pela atual situação pandémica» e, por isso, decidiu reabilitar o imóvel com o objetivo de criar uma unidade de acolhimento temporário, que permitirá acolher no total 18 pessoas.