ESCOLAS REABREM, ESTABELECIMENTOS PODEM FAZER SALDOS, MAS MANTÊM-SE O TELETRABALHO

As pessoas com dose de reforço da vacina contra a covid-19 há mais de 14 dias vão passar a ficar isentos de testagem para determinados locais e atividades, decidiu hoje o Conselho de Ministros, que anunciou também a reabertura das escolas a 10 de janeiro. Data em que os estabelecimentos comerciais podem avançar com saldos e promoções.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje, quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Ajuda, que as escolas vão reabrir na próxima segunda-feira, sendo que as crianças que tenham um contacto com um caso positivo de covid-19 na escola não ficam em isolamento, tal como recomendou ontem a Direção-Geral da Saúde.

«Podemos avançar na próxima semana com cautela», adiantou António Costa e, tal como referiu ontem Graça Freitas, o Chefe do Executivo explicou que só são considerados contactos de alto risco as crianças que vivam na mesma casa que alguém com covid-19, pelo que ficam isoladas, já que não têm reforço da vacina.

Ainda entre as medidas que cessam já no próximo dia 10 está a proibição de saldos. Contudo, a limitação de lotação mantém-se nos espaços comerciais: uma pessoa por cada cinco metros quadrados.

Já o teletrabalho vai continuar obrigatório até 14 de janeiro, sendo recomendado a partir dessa data.

As discotecas e bares têm autorização para reabrir a partir de 14 de janeiro, mediante a apresentação de teste negativo. Apesar disso, mantém-se a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

Há também novas regras para a população que já tem a dose de reforço da vacina. «O Governo entende que todas as pessoas que tenham a dose de reforço há mais de 14 dias deixam de ter de fazer teste para ter acesso a locais ou atividades» que continuam a exigi-lo.

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Os cidadãos que já receberam a terceira dose – mais de três milhões de pessoas – ficam também isentos de isolamento em caso de contactos de risco.

«O certificado de vacinação continuará a ser exigido para restaurantes, estabelecimentos turísticos, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios», esclareceu ainda, no final da reunião do Conselho de Ministros, acrescentando que os certificados serão atualizados 14 dias após a inoculação com a dose de reforço.

Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, que ocorre um dia depois de o Governo ter ouvido os especialistas, na sessão de quarta-feira sobre a situação da Covid-19 em Portugal, no Infarmed, Costa referiu que 89 por cento da população já tem completo o esquema primário de vacinação e para os grupos etários acima dos 65 anos, há «uma cobertura de dose de reforço de 83%».

A média diária de administração de vacinas situa-se em 84 mil doses por dia, referiu. O primeiro-ministro apontou ainda a «subida muito significativa da testagem verificada desde o início de dezembro, mês em que se realizaram “cinco milhões de testes”, com um recorde de mais de 402 mil testes no dia 30 de dezembro».

Covid e as eleições

Sobre as eleições legislativas agendadas para 30 de janeiro, António Costa reafirmou o que já tinha dito sido ontem anunciado: que o Governo pediu um parecer ao Conselho Consultivo da PGR sobre se o isolamento impede o exercício do direito de voto ou se é possível exercer esse direito, em condições de segurança, suspendendo o isolamento para esse efeito. Além disso, vai ser duplicado o número de mesas para o voto antecipado em mobilidade nas próximas eleições.

Costa afirmou também que vai dar prioridade, para a administração da terceira dose, aos cidadãos elegíveis que vão estar nas mesas de voto.

Num balanço das ações de controlo de fronteiras efetuado nas últimas semanas, o primeiro-ministro anunciou que foram fiscalizados cerca de 1,2 milhões de passageiros, tendo sido aplicadas multas a duas mil pessoas e a 38 companhias aéreas.

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