A Câmara Municipal de Lisboa divulgou onde irão estar os 41 radares que integram o sistema de segurança rodoviária da capital. A partir de dia 1 de junho irão ligar-se novos 21 radares que assim se juntam aos restantes 20, que serão ligados de forma gradual. Para não promover a tão falada ‘caça à multa’, a autarquia colocou à disposição de todos um mapa com a localização dos radares e com as velocidades respetivas de cada um.
Os novos radares de controlo de trânsito instalados nas principais vias rodoviárias de Lisboa mantêm-se desligados desde o início do ano, mas têm provocado já “um efeito dissuasor” no comportamento dos condutores para o cumprimento dos limites de velocidade.
“É evidente que só você e eu é que sabemos que eles não estão a funcionar ainda, a maior parte das pessoas em Lisboa não sabe», afirmou o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, referindo que só com a instalação das caixas dos radares existe “um efeito dissuasor”, com os condutores a abrandarem quando veem os equipamentos.
O ACP está “completamente de acordo” com a instalação dos novos radares fixos na cidade de Lisboa, tal como a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) que considera que o investimento nos equipamentos peca por tardio.
ACP e ACA-M afastam ainda a ideia de “caça à multa”, mas discordam sobre a forma de implementação do sistema de fiscalização rodoviária.
«A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados vê com bons olhos estes radares e esperemos que eles funcionem e que o tempo de chegada da multa aos prevaricadores seja o mais curto possível, porque há muitos estudos que apontam que, quanto mais curta a punição ao ato, melhor e mais eficaz é o sistema», declarou Mário Alves, representante da ACA-M.
Ainda segundo Mário Alves, apesar de o excesso de velocidade ser “um flagelo nas cidades portuguesas”, o número de multas por milhão de habitantes noutros países da Europa é «cerca de 10 vezes mais» do que em Portugal.
Os 41 novos radares de controlo de velocidade de veículos, dos quais 20 em novas localizações e os restantes para substituir antigos equipamentos, resultam de um investimento de 2,142 milhões de euros por parte da Câmara Municipal de Lisboa, assumido ainda no anterior mandato, sob a presidência de Fernando Medina.
A instalação dos radares ficou concluída no final do ano passado, já com Carlos Moedas à frente do executivo camarário de Lisboa.
No final de março, Carlos Moedas indicou que o município estava a trabalhar na sinalização para informar os condutores, sem adiantar datas para a entrada em funcionamento dos radares.
Novos lugares
As novas localizações onde foram instalados radares são as avenidas Santos e Castro (dois equipamentos), Lusíada (dois), General Norton de Matos (um), Padre Cruz (dois), Marechal Gomes da Costa (um), da Índia (um), Infante Dom Henrique (dois), Dr. Alfredo Bensaúde (dois), Almirante Gago Coutinho (um), de Ceuta (um), Calouste Gulbenkian (um), Marechal Craveiro Lopes (um), Combatentes (dois) e Segunda Circular (um).
Já os 21 radares a substituir localizam-se nas avenidas da Índia e Brasília (dois), Infante Dom Henrique (dois), de Ceuta (dois), Gen. Correia Barreto (dois), Estados Unidos da América (dois), Marechal Gomes da Costa (um), Almirante Gago Coutinho (um), Eusébio da Silva Ferreira (um), 05 de outubro (um), da Igreja (um), Cidade do Porto (um), João XXI (um), Afonso Costa (um), Eng. Duarte Pacheco (um), das Descobertas (um) e na Segunda Circular (um).