Os vencedores da 1ª edição da Prova de Conceito InnOValley, uma iniciativa que premeia os projetos de investigação mais promissores na resolução de desafios na sociedade, receberam, no Parque dos Poetas, em Oeiras, das mãos da ministra da Ciência e do presidente da Câmara Municipal de Oeiras os prémios. Na cerimónia foi também assinado um protocolo entre o Município, o Instituto Gulbenkian de Ciência e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade NOVA de Lisboa.
A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, esteve presente, sexta –feira, no Templo da Poesia, no lançamento do Fundo de Prova de Conceito InnOValley, uma iniciativa pioneira em Portugal que premeia os projetos de investigação mais promissores na resolução de desafios na sociedade.
Na cerimónia, em que estiveram presentes também o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, António Feijó e o Reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua, foi assinado um protocolo entre os três parceiros que criaram este fundo, nomeadamente o Município de Oeiras, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade NOVA de Lisboa (ITQB NOVA).
No mesmo evento foram ainda entregues os prémios aos vencedores da 1ª edição da Prova de Conceito InnOValley.
A iniciativa, que financiará os projetos científicos mais inovadores, «coloca Oeiras na vanguarda da inovação, definindo um mecanismo de financiamento anual para aproximar a investigação científica da sociedade e do mercado», afirma um comunicado da autarquia, que explica ainda que, «seguindo a tendência de sucesso dos melhores e mais experientes gabinetes de transferência de tecnologia e inovação do mundo, o Fundo de Prova de Conceito InnOValley (IOV PoC) pretende acelerar projetos científicos e atrair interesse de indústria ou investidores».
A 1º edição do IOV PoC vai apoiar os quatro melhores projetos propostos por investigadores do IGC e do ITQB NOVA. Os projetos vencedores receberão 50.000 euros cada para que, em 12 meses, consigam confirmar os dados preliminares e obter nova propriedade intelectual e industrial. O total do fundo para a 1ª edição é 200.000 euros, com uma comparticipação financeira de 160.000 euros do Município de Oeiras e de 20.000 euros a cada uma das instituições científicas.
Os projetos submetidos identificam um desafio existente e as soluções possíveis que venham a beneficiar quem é atingido por ele. Este ângulo exige um foco dos investigadores na perspetiva de impacto na sociedade e na vida das pessoas, bem como uma possível aplicação comercial. A avaliação dos projetos coube a um painel de oito membros, profissionais com décadas de experiência internacional na área de inovação, como por exemplo Jane Kinghorn, Diretora do Translational Research Office da University College London, com um passado de enorme sucesso a implementar mecanismos de financiamento deste cariz.
O Fundo de Prova de Conceito InnOValley é uma iniciativa da Unidade de Inovação partilhada entre o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB), intitulada InnOValley, fruto de uma parceria entre estas instituições científicas e o Município de Oeiras, que abraçou este projeto no âmbito de um dos três pilares da Estratégia para Ciência e Tecnologia de Oeiras. Com este modelo de unidade de inovação partilhada, muito comum na Europa e nos Estados Unidos da América, mas até agora inexistente em Portugal, é dado mais um passo para aproximar a ciência das pessoas. Ou seja, para usar a ciência para responder aos problemas da sociedade.