EDUCAÇÃO E RESPEITO SÃO OS INGREDIENTES FUNDAMENTAIS NA MARCHA DA BAIXA

O grupo de marchantes que constitui a Marcha da Baixa tem uma idade a rondar os 30 anos, sendo que, segundo o responsável, Armando Oliveira, “uns têm experiência, outros não, e por isso acabam por se ir ajudando uns aos outros”.

No entanto, alguns marchantes são residentes na freguesia, mas a maior parte já não. “Infelizmente temos cada vez menos pessoas a residir em Lisboa”, lamenta Armando Oliveira, ao Olhares de Lisboa, que acrescenta que este afastamento das pessoas da cidade sente-se também na captação de marchantes, “porque quem está a viver fora de Lisboa muitas vezes não tem vontade de vir, porque os ensaios são fora de horas”.

Na perspetiva do responsável, “as Marchas são uma coisa exigente, toda a gente que aqui está trabalha por amor à camisola e não ganha dinheiro com isto”, e por isso, este é mais um motivo que faz com que muita gente se afaste das Marchas.

Por isso, e ainda de acordo com Armando Oliveira, “é cada vez mais difícil arranjar marchantes para a Marcha da Baixa”. No entanto, não existem grandes requisitos para entrar na Marcha da Baixa, mas o responsável exige uma coisa aos marchantes: “que sejam pessoas educadas, a nossa coletividade tem um nome a defender e a Marcha da Baixa é feita de gente séria e por isso não queremos pessoas mal-educadas no nosso grupo”, explica.

Os ensaios para a Marcha da Baixa começaram em abril e decorrem no Pavilhão da Escola Secundária das Olaias. De acordo com Armando Oliveira, os ensaios decorrem de segunda a sexta-feira, com o grupo dos 50 marchantes.

O responsável garante ainda que são cumpridas todas as normas da Direção Geral da Saúde (DGS). Para já, a organização não sabe como irá proceder no caso de algum marchante testar positivo à Covid-19. “Vamos falar com a EGEAC para ver quais os procedimentos a ter em conta e se será possível a substituição, porque no regulamento não vem essa opção”, explica o responsável.

Sobre a paragem forçada devido à pandemia, para a organização, os últimos dois anos “foram muito difíceis por não conseguirmos fazer desfiles, mas agora estamos de volta e estamos muito felizes por voltar”, explica o responsável pela Marcha da Baixa, que é organizada pela Academia Recreio Artístico, fundada em 1855 e é a segunda coletividade mais antiga do país.

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Em 2022, os padrinhos da Marcha da Baixa serão os apresentadores Zé Lopes e Catarina Miranda e o coreógrafo é Bruno Frazão. Já os figurinos estão a cargo de Hugo Barros.

Após os ensaios, a Marcha da Baixa apresenta-se no Altice Arena a 4 de junho. Na noite do dia 12 para 13 de junho, será então a vez do desfile na Avenida da Liberdade. A Marcha da Baixa já participa desde 2009 nas Marchas Populares, mas nunca venceu. Por isso, a organização espera agora conquistar o primeiro lugar, mas acima de tudo fazer uma boa prestação.

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