A Marcha Al-Madan participa nas Marchas Populares de Almada há mais de 10 anos. Em 2005, esta começou como Marcha de Almada, e em 2006, mudou de nome para Marcha da Academia e Incrível Almadense, designação que manteve até 2009, quando mudou para o nome atual.
Até esse ano, a marcha era promovida por uma comissão, e nessa altura, “houve a necessidade de criar uma associação”, e então surge a Associação Al-Madan e a marcha passa a ter o mesmo nome da coletividade.
A Associação Al-Madan está sediada no centro da chamada ‘Almada Velha’ e um dos seus propósitos é “inserir a comunidade e promover o associativismo”, explica o responsável da marcha, Fábio Emiliano, ao Olhares de Lisboa. Para além destes projetos, a Al-Madan promove também atividades culturais, tais como bailes, desfiles de Carnaval e ainda causas solidárias.
Em 2022, devido aos fracos resultados obtidos nos últimos anos, a marcha apresenta-se com uma nova comissão organizadora. No entanto, em 2014, a Marcha Al-Madan ganhou as Marchas Populares de Almada e, até esse ano, “tiveram sempre bons resultados”. A nova comissão organizadora da Marcha Al-Madan foi formada em 2020, ano em que Fábio Emiliano apresentou o projeto, que já tinha sido pensado por si em 2011.
“Já tinha esta ideia há muito tempo e prometi a mim mesmo que o ia apresentar quando tivesse a oportunidade de ensaiar sozinho a marcha”, explica o responsável da marcha, que é também ainda o coreógrafo e o ensaiador da Marcha Al-Madan. A cenografia é de Edgar Sousa e Hugo Ferreira é o coordenador da marcha.
O tema que vai ser apresentado, quer no desfile na Avenida António José Gomes, no dia 23 de junho, quer na final, marcada para 2 de julho, no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, será ‘Da Chita ao São João: Almada tradição’, que faz referências ao século XVI, quando as raparigas mais desfavorecidas se vestiam com roupas de ‘chita’ para irem para os bailes.
Os padrinhos da Marcha Al-Madan serão a cantora Vanessa Silva e o marido, o músico Miguel Amorim. As mascotes são o Salvador Emiliano e a Vitória dos Santos. As canções foram compostas por Miguel Amorim e escritas por Flávio Gil. De acordo com Fábio Emiliano, a expectativa para 2022 “é ganhar as Marchas Populares de Almada, mas se não acontecer, esperamos ficar no pódio”.
O grupo de marchantes tem pessoas desde os 13 anos aos 60, e são todas residentes no concelho de Almada. A grande parte dos marchantes já tem experiência nas Marchas Populares de Almada, uma vez que, “algumas vieram da Marcha da Corvina, outras que começaram connosco na altura que ainda era a marcha da comissão, e que foram para outras marchas e agora regressaram”, explica o responsável da marcha, que deixou de marchar na Al-Madan há dois anos.
Apesar de terem muitas pessoas de anos anteriores, a comissão organizadora da Marcha Al-Madan abriu candidaturas para novos marchantes em 2022, a que se seguiu depois uma seleção daqueles que eram mais aptos para a marcha. Os ensaios começaram antes de abril, e arrancaram com a parte de canto, sendo que, a partir de abril, passou-se a ensaiar as coreografias.
“Ensaiamos desde abril, de segunda a sexta, na Escola Emidio Navarro e nunca parámos”, explica Fábio Emiliano, acrescentando que “o grupo é muito unido, ajudam-se todos uns aos outros”. Por isso, o responsável prefere não falar “num grupo, mas sim numa família”. Para além da boa relação entre os marchantes da Al-Madan, o responsável salienta ainda a cooperação e a entreajuda entre as restantes marchas que vão a concurso nas Marchas de Almada.
“Por exemplo, este ano tivemos alguma dificuldade em arranjar materiais, e a Marcha do Centro Comunitário Pia II ajudou-nos imenso nessa parte”, explica Fábio Emiliano, que enaltece esta “competitividade saudável” entre as marchas.
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