A Marcha do Pragal é organizada pela Sociedade Recreativa União Pragalense (SRUP), coletividade que celebrou 100 anos em 2019. Em 2022, o tema apresentado será ‘A primeira vinha de Almada’, a qual se situava no Pragal.
A SRUP promove, para além da marcha, atividades desportivas, como por exemplo ginástica, e ainda as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), através de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Almada e o Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade.
Ao mesmo tempo, esta coletividade também promove atividades de teatro, as quais foram interrompidas pela pandemia e ainda não regressaram. A SRUP organiza a Marcha do Pragal desde 2010, após a junção das duas marchas que, até 2008, existiram naquela localidade.
“Anteriormente, havia duas marchas no Pragal, uma era organizada pela comissão de moradores, e a outra era da Associação Manuel da Fonseca”, explica a responsável da SRUP, Ana Ferreira, que também faz parte da comissão organizadora da marcha.
Estas duas marchas pararam em 2008, e dois anos depois, “por sugestão do presidente da Junta de Freguesia da altura”, a Associação Manuel da Fonseca juntou-se à SRUP e criou-se uma marcha única. No entanto, em 2012, a primeira desistiu de organizar a Marcha do Pragal e esta passou a ser realizada apenas pela SRUP. No entanto, esta coletividade, ressalva Ana Ferreira, apesar de organizar a marcha há 12 anos, “já recebia os ensaios das duas marchas antes de 2010”.
A Marcha do Pragal nunca ganhou as Marchas Populares de Almada, mas ganhou um terceiro lugar em 2016. Este ano, os padrinhos serão o ator Paulo Vasco e a cantora Dora. O tema apresentado, segundo Ana Ferreira, será o mesmo que iria ser apresentado em 2020, ano em que a pandemia determinou o cancelamento de todas as atividades populares, uma vez que o trabalho já havia sido iniciado.
“Já tínhamos tudo programado, tema, músicas, letras, os nossos arcos e figurinos já estavam desenhados”, explica a responsável. Portanto, em 2022, a organização apenas deu continuidade ao trabalho que já havia começado procedendo ainda à procura de marchantes.
“Temos muitas pessoas no grupo que já vêm de há muitos anos”, explica Ana Ferreira, ressalvando que este ano “foi complicado arranjar homens”, uma vez que muitos marchantes “mudaram de vida” nos últimos dois anos.
O grupo de marchantes é, na sua grande parte, composto por pessoas do concelho de Almada, embora contem com alguns oriundos de Lisboa, uma vez que o coordenador da Marcha do Pragal é Bruno Santos, e a ensaiadora é Sofia Pereira, e que exercem as mesmas funções na Marcha de São Vicente, e que acabam por trazer pessoas para a Margem Sul.
Ao mesmo tempo, alguns dos marchantes são também das Marchas de Lisboa. Por isso, os ensaios, que começaram em março, são suspensos nas duas primeiras semanas de junho, devido ao concurso lisboeta. “Marchar em Lisboa é apelativo, há o desfile na Avenida da Liberdade, aparece na televisão, tem muito mais projeção que as Marchas de Almada”, explica Ana Ferreira, acrescentando que os ensaios, que eram realizados aos fins de semana, passaram a ser diários desde o dia 14 de junho.
O desfile das Marchas Populares de Almada está marcado para o dia 23 de junho, na Avenida António José Gomes, na Cova da Piedade. No dia 2 de julho será a grande final, marcada para o Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, no Feijó.
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