O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, acompanhado dos vereadores com os pelouros da Educação e Obras Municipais, Pedro Patacho, e Joana Baptista, respetivamente, e ainda dos presidentes de junta da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Inigo Pereira, da União de Freguesias de Oeiras, São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, Madalena Castro, e de Barcarena, Bárbara Silva, juntamente com os diretores dos agrupamentos escolares, realizou, esta sexta-feira , dia 23 de Setembro, uma visita a seis escolas do concelho.
O objetivo deste périplo é verificar algumas das intervenções de requalificação e manutenção nos estabelecimentos de ensino, realizadas pela autarquia em 2021 e 2022. A visita começou às 09h30, na Escola Básica Antero Basalisa, na União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, a que se seguiu a Escola Básica/Jardim de Infância São Bento, na freguesia de Barcarena e a Escola Básicas São Bruno, União de Freguesias de Oeiras, São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias.
Da parte da tarde, o executivo municipal visitou as Escolas Básicas Joaquim de Barros e Anselmo de Oliveira, na mesma freguesia. “Estas escolas foram intervencionadas pela Câmara Municipal nos últimos tempos e inserem-se num programa de requalificação e valorização de todo o nosso parque escolar”, disse Isaltino Morais ao Olhar Oeiras durante estas visitas.
No entanto, o autarca referiu ainda a “necessidade de fazer escolas novas” e uma “profunda requalificação” noutras, como é o caso da Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, em Linda-a-Velha, cujo investimento previsto era de sete milhões de euros, mas que, segundo Isaltino Morais, com os custos “dos materiais e da mão de obra”, este valor irá concerteza aumentar, pelo que a autarquia não consegue ter uma previsão do seu custo total.
“Das visitas que fizemos hoje, quero salientar que, das quatro que visitámos, em três delas há polidesportivos totalmente requalificados”, acrescentou o autarca, para quem estas visitas “permitem não só constatar as obras que são feitas, mas também nos permite aferir o ambiente da escola, o ânimo dos alunos e dos professores”.
No caso da Escola Básica de São Bruno, em Caxias, esta foi toda pintada, representando um investimento de um milhão e 44 mil euros, onde houve também uma “substituição de coberturas, pinturas de fachadas, instalação de telheiros junto ao bar, requalificação da área de recreio”, entre outras intervenções. No total, esta escola, juntamente com as Escolas Básicas Antero Basalisa, Cesário Verde e São Bento, representaram um investimento na ordem dos três milhões de euros.
Para além destes estabelecimentos, Isaltino Morais espera visitar outras escolas no concelho, assim como algumas obras atualmente em curso em Oeiras, tais como a Casa dos Cientistas, ou o novo edifício dos Paços do Concelho, que deverão ficar concluídas no próximo ano. “O nosso objetivo é que nos próximos quatro ou cinco anos todas as nossas escolas sejam requalificadas”, avançou o edil, acrescentando que ainda existem algumas escolas com amianto, como é o caso da Escola José Augusto Lucas, cuja requalicação geral irá custar cerca de 11 milhões de euros.
De acordo com o vereador com o pelouro da Educação, Pedro Patacho, no presente ano letivo houve um “acréscimo de 900 alunos” nas escolas do concelho, sendo grande parte oriunda de fora do concelho e de colégios privados. “Felizmente, as nossas escolas públicas, de uma forma geral, são melhores do que os colégios”, considera ainda Isaltino Morais, apesar de reconhecer que existem alguns problemas na escola pública, entre os quais a “idade elevada de alguns professores”.
O presidente da Câmara de Oeiras falou ainda do “défice de natalidade” que existe atualmente no concelho, que é também um problema nacional. Contudo, para o mesmo, este problema não se sente nas escolas de Oeiras, devido à imigração e também ao facto de as mesmas serem procuradas por encarregados de educação de concelhos limítrofes, o que, na perspetiva de Isaltino Morais, “consta a qualidade das nossas escolas”.
A seu ver, o que demove os casais de terem filhos é sobretudo o custo da habitação em Oeiras. “O custo das rendas também afasta muitos jovens aqui do concelho. Por exemplo, nós vamos a São Marcos [concelho de Sintra] e muitos dos jovens que lá vivem, viviam aqui em Oeiras”, acrescentou Isaltino Morais, explicando que a autarquia está a fazer um “investimento significativo na construção de casas”, no total de 400 milhões de euros. Para já, estão a ser construídos 600 fogos a custos controlados e cuja obra ronda os 130 milhões de euros.
O primeiro contrato, disse ainda o autarca, foi adjudicado na semana passada, “no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, sendo que foi o primeiro “contrato, a nível nacional, no âmbito das habitações”, acrescentou. Isaltino Morais disse ainda que, para além destas casas, serão também construídas, futuramente, mais 1500 habitações, também no âmbito da Renda Acessível. Para o presidente da Câmara de Oeiras, estas medidas irão “dar oportunidade a que mais casais se possam fixar, ou pelo menos, a não saírem daqui do concelho”, e ajudando, em parte, a resolver o problema da baixa natalidade em Oeiras.