Esta quarta-feira, dia 9 de novembro, a Câmara Municipal de Oeiras lançou o serviço Oeiras Move, com 600 trotinetes e 400 bicicletas elétricas, e que serão disponibilizadas em 200 pontos do concelho. Para o futuro, a ideia é duplicar estes postos de ancoragem, para que mais pessoas utilizem estes serviços de mobilidade suave.
O lançamento do Oeiras Move deu-se na manhã desta quarta-feira, na Avenida General Norton de Matos, em Algés e contou com a presença da vereadora com os pelouros dos Transportes e Mobilidade da Câmara de Oeiras, Joana Baptista, o presidente do conselho de Administração da Parques Tejo, Rui Rei, presidentes das juntas e uniões de freguesia e ainda o presidente da autarquia, Isaltino Morais.
Estes serviços de trotinetes e bicicletas elétricas partilhadas vai estar disponível em todo o concelho de Oeiras e as operações iniciam-se com a parceria das empresas Bolt, Bird e Superpedestrian, responsável pela marca Link, esperando-se ainda que entrem novas empresas neste serviço, para que se aumente o número destes veículos elétricos em circulação no concelho.
De acordo com Rui Rei, estas empresas cumprem um conjunto de regras, isto é: garantir que o início e o fim do percurso nestes equipamentos seja feito nos pontos de estacionamento. Para tal, existirão, numa fase inicial, cerca de 200 pontos, em todo o concelho, devidamente identificados, sendo que os mesmos são destinados ao estacionamento das trotinetes e das bicicletas partilhadas. Para breve, explicou Rui Rei, espera-se a duplicação destes pontos, como forma de manter “a capilaridade do sistema” e permitir que mais pessoas utilizem estes equipamentos.
Ao mesmo tempo, o presidente da Parques Tejo garantiu que a Polícia Municipal e a Parques Tejo vão controlar todos aqueles que não cumprem as regras de trânsito e de civismo relacionadas com o uso das bicicletas e trotinetes partilhadas, para que não existam equipamentos espalhados no passeio. “As vias têm que estar desimpedidas e todos nós temos de cumprir estas regras”, lembrou.
A seu ver, “a mobilidade suave é um complemento à mobilidade no concelho”, prosseguiu Rui Rei, salientando, contudo, que esta não é a solução para os problemas relacionados com a forma como as pessoas se deslocam no concelho. “A mobilidade suave tem um objetivo, que são os pequenos movimentos dentro das cidades”, acrescentou, explicando que, para além destes serviços, no início de 2023, a Câmara de Oeiras irá ainda lançar um serviço de BikeSharing.
Segundo a autarquia, em nota de imprensa, a chegada destes serviços de mobilidade suave partilhada, vai permitir uma transformação nos meios de transporte no concelho, promovendo a sustentabilidade ambiental. Na perspetiva da vereadora Joana Batista, o Oeiras Move “é um primeiro passo para proporcionar todas as condições aos oeirenses para se movimentarem em todo o concelho com conforto e segurança”, lembrando que a chegada destes serviços de mobilidade suave vem na sequência da estratégia do município em promover deslocações mais ecológicas em Oeiras, e que se junta aos 40 quilómetros de ciclovias existentes no concelho.
“Como sabemos, existem más condições associadas ao uso das trotinetes”, lembrou a vereadora, dando como exemplo aquilo que acontece noutros concelhos, onde existem equipamentos espalhados por toda a cidade. “Aprendemos com os erros”, acrescentou Joana Batista, ressalvando que tudo será feito para que tal não aconteça em Oeiras, através de “uma fiscalização muita ativa da Parques Tejo e da Polícia Municipal”, mas também de sanções para quem não estaciona nos locais devidos.
Para já, avançou, o serviço Oeiras Move irá começar com 600 trotinetes e 400 bicicletas, e que serão implementadas em todo o território “durante o último trimestre de 2022 e o primeiro de 2023”. Estes equipamentos, segundo a autarca, “vão estar situados em pontos estratégicos, ligando as estações de comboio, escolas e parques empresariais”, e são rastreados através de geolocalização.
Já para Isaltino Morais, estas trotinetes e bicicletas partilhadas vem ao encontro do objetivo da Câmara de Oeiras em “criar condições de qualidade de vida para as pessoas”, lembrando que, de acordo com os observatórios, os munícipes de Oeiras “têm uma satisfação sobre a qualidade de vida e segurança acima da média dos concelhos portugueses”, lembrando que foi possível chegar a estes números através da aposta no ordenamento do território.
O presidente da Câmara de Oeiras ressalvou ainda que “é preciso haver transporte público de qualidade” na Área Metropolitana de Lisboa, algo que, a seu ver, “não existe porque foi descurado durante décadas”, e o que levou a que a maior parte das pessoas fosse obrigada a apostar no transporte privado por não ter alternativas. “Naturalmente estamos a viver um período de transição”, prosseguiu Isaltino Morais, explicando que a Câmara de Oeiras está a trabalhar para “criar condições” para a melhoria da mobilidade no concelho, dando, desta forma, “alternativas ao uso do carro”, como é o caso deste sistema de trotinetes e bicicletas partilhadas.
A gestão do serviço ficará a cargo da empresa municipal Parques Tejo. Para Isaltino Morais “ é importante que as pessoas, os colaboradores da empresa se sintam realizados e úteis”, e “não andar apenas aqui na rua a multar as pessoas que prevaricam”, recordando que a função desta empresa “não é ganhar dinheiro” com coimas, mas sim “satisfazer uma necessidade fundamental” e garantir o cumprimento de regras de trânsito.
Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara de Oeiras garantiu que, “gradualmente”, serão transferidas mais competências para a Parques Tejo, “desde a construção de parques de estacionamento à gestão de transportes”.