ALGÉS FOI A ZONA MAIS AFETADA DE OEIRAS

Algés foi uma das zonas mais afetadas pelas inundações. As chuvas fortes de ontem provocaram uma vítima mortal que se encontrava numa cave. A estação de comboios foi obrigada a encerrar. No Mercado de Algés, além da lama, o estrago vê-se de outra forma: as caves tiveram água praticamente até ao teto. A estação de comboios esteve encerrada.

Depois de uma tarde e noite de fortes chuvas e inundações, as lojas e restaurantes fazem contas aos prejuízos e já começaram as operações de limpeza. Em Algés várias pessoas ficaram barricadas durante várias horas, tendo sido necessária a intervenção dos bombeiros para retirar as pessoas do interior de estabelecimentos comerciais.

As chuvas fortes provocaram, infelizmente, uma vítima mortal que se encontrava numa cave, na zona de Algés. A vítima estava em casa, numa cave, e não terá conseguido escapar após a chuva forte que se fez sentir na zona durante a noite e madrugada na grande Lisboa. Várias zonas da baixa de Algés ficaram inundadas. Há registo de quedas de árvores e vários carros danificados.

O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Moras, que de imediato se deslocou a Algés, reconhece a especificidade da zona afetada e diz que as autoridades vão avaliar ainda hoje os estragos provocados pelo mau tempo.

Segundo explica Isaltino Morais, “Algés foi a zona mais fustigada de Oeiras”, mas também foram registadas inundações em Tercena e em vários jardins municipais, nomeadamente em Oeiras.

“Algés foi sem dúvida a zona mais problemática. Foi uma situação que já não se registava há anos, mas a intensidade da chuva foi tanta que, realmente, provocou as inundações”, salientou Isaltino Morais, referindo ainda que o túnel de acesso à Estação Ferroviária ficou completamente submerso e, por isso, foi encerrado, tendo sido necessário recorrer a bombas para retirar a água.

Isaltino Morais adianta que a principal preocupação agora são os comerciantes. A principal zona afetada é o mercado de Algés e a estação, devido ao transbordo da ribeira. O autarca de Oeiras relembra que esta é uma zona de comércio, onde vários estabelecimentos têm caves, e em referência à vitima mortal, revela que esta foi uma fatalidade pois não residia no local onde foi encontrada.

Centro de Enfermagem Queijas

O autarca acrescenta que a Câmara Municipal tem capacidade de resposta, pelo que o resto do concelho já se encontra normalizado, à exceção desta zona. Indica que existirá um grupo de pessoas que irá visitar todos os comerciantes para fazer o levantamento dos prejuízos. Além disso, deixou o alerta para a maré alta que está a decorrer atualmente e que pode vir a causar novas inundações.

A Avenida Marginal, em Oeiras, entre Algés e Cruz Quebrada foi, igualmente, encerrada ao trânsito. Em São Domingos de Rana, em Cascais, na Amadora e em Queluz, Sintra, várias ruas foram encerradas. Em Odivelas, verificaram-se casos de automóveis parcialmente cobertos pela água.

Esta manhã, equipas da Câmara Municipal de Oeiras realizaram trabalhos de limpeza depois dos estragos provocados ontem pelas inundações em Algés.

Para as próximas 48 horas ainda se espera chuva e vento forte, além de agitação marítima. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou Lisboa, Faro e Santarém sob aviso vermelho.

Foto de capa: Direitos reservados / FRG

Quer comentar a notícia que leu?