A Torre de Belém, classificada como Monumento Nacional em 1907, e inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO, em 1983, é, a par com o Mosteiro dos Jerónimos, um dos monumentos mais visitados do país, sendo ainda uma das 25 instituições tuteladas pela Direção Geral do Património Cultural.
Este monumento foi construído no século XVI, entre os anos de 1515 e 1521, pelo arquiteto militar Francisco de Arruda, com o objetivo de defender a cidade de Lisboa, protegendo-a de possíveis invasões e ataques a partir do Tejo, e é formado por dois modelos arquitetônicos: a torre alta, com características medievais; e o baluarte, ou casamata, que representa um dispositivo militar. Na primeira, existem quatro andares, onde se situam, respetivamente, a Sala do Governador; a Sala dos Reis; a Sala das Audiências e a Capela.
Estes quatro pisos estão ligados por uma estreita escada em caracol e o baluarte conta com um posicionamento numa cota baixa e avançado no rio, contando com sete troneiras ou canhoneiras, onde se encontram réplicas de peças de artilharia. A Torre de Belém foi construída por influência do rei D. João II de Portugal (1455-1495), que foi também responsável pela criação das fortalezas de Cascais e São Sebastião da Caparica, e este monumento veio substituir o Grande Nau.
Em 1580, quando Lisboa foi invadida por tropas espanholas, a torre foi cedida ao duque de Alva, Fernando Álvaro de Toledo, e nos anos seguintes, a torre foi usada como prisão e mais tarde como alfândega. Alguns historiadores consideram que, antes do terramoto de 1755, a Torre de Belém estaria no centro do Tejo, mas que o terramoto teria mudado a localização do monumento, aproximando-o da costa, embora esta versão nunca tenha sido confirmada.
Já no século XIX, na década de 1840, por influência do escritor Almeida Garrett, a Torre de Belém foi restaurada pelo rei Fernando II de Portugal, onde se acrescentou os ornamentos neo-manuelinos. Atualmente, a entrada para o monumento é feita através de um alpendre, decorado com vários motivos manuelinos, incluindo a esfera armilar. A Torre de Belém conta com 35 metros de altura, três andares abertos ao público e ainda um terraço com vista para o Rio Tejo e a Margem Sul e é um dos símbolos dos Descobrimentos, uma vez que foi desta zona que partiram navegadores como Vasco da Gama e Pedro Alvares Cabral, que descobriram a Índia e o Brasil, respetivamente.