“Peço às marchas que só morram depois de mim!”

Em 1998, o filho, Pedro, ainda muito jovem, teve que ficar em casa, após meses a ensaiar na perfeição, porque, no entender dele, ainda não estava totalmente preparado para ser marchante…


Fernando Duarte é o veterano e a figura patriarcal da marcha da Bica há três décadas. “A Marcha é a minha vida”, declara ao Olhares de Lisboa.

“De Abril a Junho, é vivida com a mesma intensidade brutal por todos nós. Faz parte da nossa existência. Não me vejo sem ela ou fora dela. Peço às marchas que só morram depois de mim”, diz, olhos a brilhar entre risos.

Fernando não sabe se fez bem ou mal em deixar o filho de fora em 1998, mas essas eram as decisões difíceis que tinha que tomar na altura em que dirigia a marcha. O mesmo sucedeu também, noutra ocasião, à filha, igualmente miúda ainda.

Ser um mestre das marchas é difícil. Às vezes, para ser justo com os marchantes, até pode correr-se o risco de ser considerado cruel em casa.

Estas memórias, ou as de marchantes que queimaram os braços para salvar arcos do fogo, ficarão com Fernando para sempre.

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