“Comecei a marchar em 1980, e continuei sempre, até 2002. Só parei duas vezes, quando estive grávida”, revela Carla Correia, coordenadora da marcha da Mouraria.
Foi marchante, porta-estandarte, suplente, e, desde 2010, responsável pelas marchas. “É muito cansativo e muito gratificante. Estou sempre a dizer que não volto, e volto sempre. Tenho dois filhos e duas filhas, que já foram mascotes, marchantes suplentes e porta-estandarte. E duas netas que também já estão envolvidas”.
Gosta muito de marchar… “Mas ainda gostei mais de ser porta-estandarte. Foi muito compensador. Ia com uma coisa especial nas mãos, uma coisa valiosa. Este ano é a minha irmã que quer ser porta-estandarte”.
No dia em que os marchantes entram no autocarro para ir para a Avenida, “é a loucura no bairro. Não se consegue passar na rua. Eu.. Não sei viver sem isto. Moro aqui há 50 anos e estou nisto desde que nasci. Tal com os meus filhos, a minha irmã, a minha mãe, o meu cunhado”.