ISALTINO MORAIS FOI VISITAR OS PROJETOS EM CURSO NA ÁREA DA HABITAÇÃO

O presidente da Câmara de Oeiras (CMO), Isaltino Morais, realizou, esta sexta-feira, 25 de agosto, mais uma visita ao concelho, acompanhado pelo executivo, dirigentes e técnicos da CMO. O périplo desta semana incidiu sobre os projetos previstos para a área da habitação, e que preveem, até 2026, mais 1500 novas casas para famílias mais carenciadas.

Por sua vez, a visita começou no Bairro do Pombal, em Oeiras. Aqui, a autarquia está a realizar obras de limpeza, reparação e revitalização de panos verticais cerâmicos. Esta empreitada tem o custo a rondar os 60 mil euros e tem um prazo de 30 dias. De seguida, a comitiva seguiu para o Bairro Dr. Francisco Sá Carneiro, em Laveiras (Caxias). Aqui, foi adaptada uma habitação municipal para acolher um residente com dificuldades de mobilidade.

Esta empreitada tem o valor de 27 mil euros e pretendeu colocar aquela habitação “totalmente adaptada às condições do senhor”, conforme referiu Isaltino Morais durante a visita. “Isto traduz a sensibilidade dos trabalhadores e sobretudo dos técnicos do Departamento de Habitação da CMO. É um exemplo extraordinário de como a autarquia se relaciona com as famílias”, acrescentou o edil oeirense. Por outro lado, este périplo passou também pelo Parque da Junça, em Linda-a-Velha. É aqui que estão a ser construídos 16 novos apartamentos, numa obra com o valor de mais de três milhões de euros.

Comitiva visitou também Quinta dos Aciprestes e Alto da Montanha

Para já, a empreitada está na fase de elevação da estrutura, e já foi executada a estrutura do piso da cave, do piso 0 (bloco A) e dos muros de contenção. Atualmente, estão a ser feitas as fundações do bloco B. Outro investimento em curso no concelho e que foi alvo da visita de Isaltino Morais e da equipa da Câmara de Oeiras é também a Quinta dos Aciprestes, também em Linda-a-Velha. Ou seja, este projeto vai disponibilizar mais 12 novos apartamentos, e a obra tem custo de mais de dois milhões de euros. Por enquanto, já estão concluídas as estruturas da cave e do piso 0.

Por fim, a visita terminou no Alto da Montanha, em Carnaxide, e que prevê mais 66 novos apartamentos. Esta empreitada custará mais de 10 milhões de euros e já tem toda a sua estrutura concluída. Atualmente, está em curso o levantamento de paredes de alvenaria e de estruturas de divisórias internas. Contudo, até setembro, deverão começar a ser instaladas as infraestruturas elétricas, de água, gás, entre outros. Neste périplo, Isaltino Morais fez-se acompanhar pelos vereadores Nuno Neto e Carla Rocha, responsáveis, respetivamente, pelos pelouros da Promoção e Conservação da Habitação Municipal e Gestão Social da Habitação Municipal.

Câmara de Oeiras prevê começar a entregar casas em junho de 2024

Estes investimentos na área da Habitação pretendem, segundo Isaltino Morais, resolver o problema das famílias mais carenciadas no acesso a uma casa. No caso do Alto da Montanha, as rendas variam entre os 280 e os 780 euros mensais, e as casas têm tipologias que vão desde o T1 ao T4. Para o presidente da CMO, “construir mais habitação” é o caminho que deve ser tomado para resolver os problemas de falta de casas no país. O autarca fala ainda num “preconceito ideológico”, assumido tanto “pela esquerda, como pela direita” e que não resolve a questão.

“Ninguém fala da famigerada lei [Lei dos Solos] que está na base de toda a especulação imobiliária”, referiu o edil. Neste sentido, lembrou que o aumento do custo dos terrenos urbanos levou a uma duplicação do custo das casas “nos últimos 10 anos”. “Há apenas terrenos urbanos e rústicos, e os primeiros cresceram em exponencial”, reiterou Isaltino Morais, defensor acérrimo da revisão da lei dos solos. Para já, a Câmara de Oeiras prevê começar a entregar as primeiras habitações em junho do próximo ano.

Resolver os problemas das famílias nos próximos 10 anos

Por outro lado, espera ainda, nos próximos “cinco a 10 anos”, resolver o problema do acesso à habitação por parte das famílias mais carenciadas do concelho. “Procuramos fazer bem feito e responder às necessidades das pessoas”, prosseguiu o edil de Oeiras. Estes projetos terão o apoio do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e terão, igualmente, o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Aproveitamos até à exaustão as verbas do PRR para a construção de mais habitação”, frisou o presidente da CMO.

Centro de Enfermagem Queijas

Para já, está prevista uma verba de 300 milhões de euros para estes investimentos. Deste valor, reforçou Isaltino Morais, “200 milhões são entregues diretamente à CMO, dos quais 70 milhões de euros destinam-se à recuperação de fogos municipais e os restantes 130 servem para a construção de habitação pública”. Atualmente, sublinhou, estão a ser construídas 100 novas habitações. No entanto, a autarquia de Oeiras espera lançar, até ao final de 2024, mais 600 casas.

Mais 50 milhões de euros para habitação jovem

“O problema do país e das famílias é a falta de casas públicas. Temos de chegar aos 10% de habitação pública”, disse ainda Isaltino Morais, lembrando que o concelho já tem “5% de habitação pública”. Este valor é superior aos 2% registados no resto do país. Neste sentido, a CMO quer chegar ao 10% de casas públicas para, desta forma, conseguir alcançar os patamares da União Europeia. Ao mesmo tempo, a autarquia está ainda a investir, com fundos próprios, no aumento da habitação para jovens – projetos estes que Isaltino Morais já teve a oportunidade de visitar na semana passada.

Para esta matéria, estão destinados, do orçamento municipal, cerca de 50 milhões de euros. No total, prevê-se a criação de mais 150 novos apartamentos para jovens residentes ou trabalhadores (há mais de três anos) no concelho. Por fim, e no total, a autarquia oeirense espera construir, até 2026, mais 1500 novas habitações. Desta forma, a autarquia quer mitigar os problemas não só “das famílias carenciadas, mas também da classe média”, que sofre com os custos elevados das habitações no mercado privado.

A visita contou ainda com a presença da presidente da União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, Madalena Castro. Ao mesmo tempo, também marcaram presença os presidentes da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada, João Antunes, e da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Inigo Pereira.

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