Apesar de ser um local “tão antigo como a fundação da nacionalidade”, o certo é que Marvila só se tornou freguesia em 1959. Com mais de 37 mil habitantes e com uma área de 7,12 km², Marvila é um dos bairros mais típicos da zona oriental da cidade de Lisboa.
Até ao século XIX, a zona era povoada por várias quintas e tinha um ambiente predominantemente rural. Ainda hoje é possível identificar essa herança: as Quintas dos Ourives, Rosa, Flores, Amendoeiras, Leal e Marquês de Abrantes. Estas propriedades eram exploradas, na sua maioria, por gentes originárias do norte do país e abasteciam os mercados ambulantes, espalhados pelo bairro, pela vizinhança e, mais tarde, por toda a capital.
Marvila transformou-se, com o passar dos anos, em zona urbana de fisionomia bairrista e fabril. No século XX, continuou a instalação de unidades fabris desde a rua do Açúcar até Braço de Prata. São deste período as tanoarias da rua Capitão Leitão e os armazéns de vinhos de Abel Pereira da Fonseca. Hoje, estes armazéns estão transformados em centros culturais.
A atual Marvila beneficiou significativamente com o grande evento Expo 98.
Do seu património destacam-se o Portal e Galilé da Igreja de Chelas, o Antigo Convento de São Félix e Santo Adrião de Chelas, a Capela do Asilo dos Velhos, a Capela da Mansão de Santa Maria de Marvila, a Capela do Antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Paroquial de Santo Agostinho a Marvila, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o Parque Urbano do Vale Fundão, a Fábrica do Braço de Prata e a sede do Clube Oriental de Lisboa.