Vários moradores do Bairro do Condado, em conjunto com as comissões de Moradores e de Utentes de Saúde de Marvila, foram, esta quarta-feira, 9 de outubro, à Praça do Munícipio, onde se localizam os Paços do Concelho, para exigir melhores condições de habitabilidade. Na próxima terça-feira, 15 de outubro, os moradores vão estar reunidos com o presidente do Conselho de Administração da Gebalis, Fernando Angleu.
Os moradores dos lotes 568 e 570 do Bairro do Condado, em Marvila, acompanhados por moradores de outros lotes e pelas comissões de Moradores de Marvila (CMM) e de Utentes de Saúde de Marvila (CUSM), foram, nesta quarta-feira, 9 de outubro, até à Praça do Município, onde fizeram uma ação de protesto que teve como objetivo chamar a atenção dos eleitos municipais para a falta de condições naqueles lotes de habitação municipal, tais como a falta de elevadores e a degradação dos edíficios, geridos pela Gebalis. A este protesto, juntaram-se José Martins, eleito da CDU em Marvila, bem como o vereador comunista na Câmara Municipal de Lisboa (CML), João Ferreira.
Moradores querem intervenções urgentes
No entanto, esta ação tinha como objetivo chamar a atenção do presidente da CML, Carlos Moedas, que esteve a ouvir as queixas do moradores, acompanhado pelo presidente do Conselho de Administração da Gebalis, Fernando Angleu. A ambos, os moradores fizeram questão de entregar um prospeto, que alerta para as constantes avarias dos elevadores dos lotes 568 e 570 do Bairro do Condado, e que impedem, por exemplo, as pessoas com mobilidade reduzida de saírem das suas casas. Desta forma, os moradores exigem, com carácter urgente, o arranjo destes equipamentos, bem como a sua substituição, a médio prazo. Ao nível das habitações, os moradores de Marvila pedem ainda a resolução das infiltrações das chuvas, das humidades e bolor, assim como a sua requalificação interior e das suas zonas comuns.
Na ocasião, foi também pedido que a CML entregue habitações municipais às famílias que delas necessitam, uma vez que algumas se encontram “fechadas há três anos”. O resultado deste protesto, explicam os moradores, foi a “conquista” do agendamento de uma reunião com Fernando Angleu, na próxima terça-feira, dia 15, na sede da Gebalis. “Para as Comissões de Moradores e de Utentes de Saúde de Marvila, atribuir o estado em que se encontram os elevadores e a degradação do conjunto habitacional de Marvila a atos de vandalismo é sacudir as responsabilidades, lançar confusão sobre as verdadeiras causas deste problema e é insultuoso e ofensivo para a muito digna população de Marvila”, referem ainda os moradores, lembrando que estas condições persistem há mais de 20 anos.