Inauguração da Unidade de Endoscopia e Reabertura da Unidade de Cirurgia Ambulatória

A Nova Unidade de Endoscopia Digestiva dos SSCML abriu, no dia 5 de novembro, as suas portas ao público reforçando a oferta de cuidados de saúde dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, que também reabriram a Cirurgia Ambulatória, com serviço de rastreio do cancro colorretal, num reforço dos cuidados de saúde em Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, participou na cerimónia de abertura da Sala de Endoscopia Digestiva e reabertura da Unidade de Cirurgia Ambulatória nos Serviços Sociais da CML.

Este novo espaço permitirá a realização de cerca de 5.000 exames por ano e será uma unidade que irá funcionar em apoio e articulação com o SNS, permitindo assim uma maior oferta de serviços aos munícipes da cidade de Lisboa e um importante contributo para melhorar a taxa de sobrevivência aos cancros do aparelho digestivo, aumentando a deteção precoce.

A área da endoscopia gastrenterológica consiste na vertente técnica de diagnóstico e terapêutica da especialidade de gastrenterologia, a qual se dedica às doenças do aparelho digestivo, incluindo patologias do tubo digestivo, fígado, vias biliares e pâncreas, algumas destas com grande prevalência na comunidade.

A necessidade de prevenção e diagnóstico precoces das doenças do aparelho digestivo (não apenas no caso dos cancros) fazem das técnicas endoscópicas uma abordagem fundamental para o sucesso do tratamento destas patologias. As doenças do aparelho digestivo encontram-se entre as principais causas de morte em Portugal, tendo sido responsáveis por 4,2% dos óbitos em 2021.

Paula Martins na inauguração

A inauguração contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que afirmou que Lisboa é “o mais diferenciado” exemplo de um município que tem uma unidade na área médico-cirúrgica.

“Abrimos no Bairro do Armador, Marvila, e na Alta de Lisboa, Lumiar, duas pequenas clínicas com um médico, uma enfermeira e uma nutricionista e é absolutamente extraordinário, porque as pessoas, que muitas vezes não tinham acesso a consultas, começaram a ir a estas clínicas sem consulta marcada, chegam lá e têm consulta. Já fizemos mais de duas mil consultas”, indicou.

Por seu turno, Carlos Moedas salientou que se o município continuar a construir as clínicas nos bairros está a “fazer aquilo que compete a um autarca”, ou seja, “estar próximo das pessoas, ouvir as pessoas e resolver os problemas das pessoas”.

Centro de Enfermagem Queijas

“Tudo isto é feito em articulação com o pilar da saúde em Portugal, que é o SNS, e, portanto, qualquer lisboeta pode vir aqui aos nossos serviços sociais para usufruir daquilo que é o sistema de saúde local”, acrescentou, recordando que o município tem trabalhado na “construção de um Estado Social Local ao nível da saúde” nos últimos três anos.

“Deixo aqui em primeira mão: queremos ter pelo menos mais duas [clínicas de proximidade] no orçamento [municipal] de 2025”, disse o presidente da Câmara de Lisboa, através de um acordo com Serviço Nacional de Saúde (SNS), que vai permitir a realização de cerca de 5.000 exames por ano.

O autarca relembrou ainda que estão a ser realizados rastreio do cancro da mama destinado a mulheres de Lisboa entre os 40 e 50 anos (complementar ao do SNS/Liga Portuguesa Contra o Cancro) e que funciona em articulação com a Fundação Champalimaud.

Já o diretor clínico dos SSCML, Rui Miranda Julião, explicou que a nova unidade de endoscopia digestiva “ajudará o SNS à realização de um conjunto de exames da área de gastroenterologia, nomeadamente as endoscopias digestivas altas e as colonoscopias”.
Além da unidade de endoscopia digestiva, os SSCML vão reabrir a unidade de cirurgia ambulatória e começar a realizar consultas médicas de rastreio do cancro colorretal, embora esses serviços não tenham acordo com o SNS.

Esta nova valência representa mais um esforço na implementação de programas municipais de reforço e apoio ao Serviço Nacional de Saúde, como são exemplos o Lisboa 65+ que permite teleconsultas, médico ao domicílio, transporte ao hospital para pessoas com +65 anos (para beneficiários de CSI abrange ainda oftalmologia e óculos, medicina dentária e próteses).

Foto: Daniela Conceição/CML

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