A coordenadora concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda vai apresentar, ao plenário de militantes que acontece no próximo sábado, dia 25 de janeiro, Carolina Serrão como proposta de primeira candidata à Câmara Municipal de Lisboa.
Carolina Serrão, do Bloco de Esquerda, será apresentada, no próximo sábado, 25 de janeiro, como a primeira candidata à Câmara Municipal de Lisboa (CML), nas eleições autárquicas de 2025, que acontecem entre setembro e outubro. A candidata bloquista, de 35 anos, encabeçou a lista mais votada nas eleições para a comissão coordenadora concelhia do Bloco. Nasceu e vive em Lisboa, e é atriz e criadora, embora tenha trabalhado em diversas profissões ligadas ao turismo para poder manter a atividade profissional de atriz.
Para continuar a viver em Lisboa, foi obrigada a partilhar casa com várias pessoas, tendo, por isso, um percurso é semelhante ao de milhares de pessoas da cidade, afetadas pela precariedade e baixos salários do turismo, pressionadas para abandonar a cidade devido aos preços especulativos na habitação. A apresentação pública desta candidatura será no próximo dia 8 de fevereiro.
Acabar com a crise na habitação será uma das bandeiras do programa
Com esta candidatura, explica o Bloco de Esquerda em comunicado, pretende-se “enfrentar a política de Carlos Moedas que neste mandato favoreceu os unicórnios e a especulação imobiliária, agravando as crises da habitação, do trânsito, da higiene urbana e da exclusão social. Em três anos, as rendas e o preço das casas escalaram, o trânsito aumentou e os transportes públicos reduziram, o lixo acumulou-se por toda a cidade e o número de pessoas em situação de sem-abrigo aumentou a um ritmo alarmante”.
Os bloquistas acusam ainda Carlos Moedas de, nos últimos quatro anos, usar “a Câmara de Lisboa como uma máquina de propaganda pessoal, culpando outros pelos seus erros, chegando a promover uma política xenófoba e racista ao repetir a falsa associação, típica da extrema-direita, entre imigração e criminalidade. Tão importante como terminar o desastre da direita na CML é enfrentar a especulação imobiliária e a turistificação, inscrita no plano diretor da cidade desde os tempos de Manuel Salgado. É com essa agenda que o Bloco reafirma a sua abertura para um amplo debate programático que responda à crise da habitação e afaste Carlos Moedas e que afirme uma alternativa para a cidade”, conclui o partido.