Águas do Tejo Atlântico vai avaliar condições do intercetor da Costa do Estoril

A Águas do Tejo Atlântico adjudicou a obra de Inspeção e Avaliação das Condições Estruturais e de Funcionamento do Intercetor Geral da Costa do Estoril por 1,1 milhões de euros. Esta estrutura tem cerca de 25 quilómetros e faz o transporte de águas residuais entre Linda-a-Velha (Oeiras) e Cascais.

Está adjudicada, por 1,1 milhões de euros, a obra de Inspeção e Avaliação das Condições Estruturais e de Funcionamento do Intercetor Geral da Costa do Estoril. O acordo foi assinado no decorrer desta semana, pela Águas do Tejo Atlântico (AdTA), e tem um prazo de execução de 200 dias. Com esta intervenção, a AdTA irá reunir dados importantes sobre o estado físico e funcional atual daquela infraestrutura e com base na informação recolhida, terá melhores condições de decisão sobre uma eventual intervenção e extensão das obras a executar para a sua conservação.

Recorde-se que, nos anos 50, a Costa de Estoril era servida por sistemas de esgotos isolados que descarregavam diretamente nas linhas de água. Por essa razão, as linhas de água tornaram-se “meios recetores de águas residuais” que provocaram uma deterioração da qualidade da água, com impacto na qualidade das águas das praias, muito procuradas por turistas. Para atenuar o problema, na década de 70 do século passado, foram apresentadas várias alternativas e foi criada uma comissão para avaliação das propostas, tendo sido aprovado a solução conhecida como “Tudo à Guia”, que foi construída em duas fases.

Intercetor conta com 25 quilómetros de extensão

A primeira desenvolvia-se entre Linda-a-Velha e Oeiras (1988-1994) e a segunda fase, já no âmbito do grupo Águas de Portugal, entre Oeiras e Cascais (1995-1998) que permanece em atividade até à data. Atualmente, o intercetor geral necessita de inspeções e manutenção para garantir a sua fiabilidade estrutural e a eficiência para o qual foi projetado e construído. Esta estrutura conta com cerca de 25 quilómetros, que transporta o efluente (ou seja, as águas residuais) entre Linda-a-Velha e Cascais, com diâmetros que variam entre DN 800 e DN 2500, passando ainda por uma Fábrica de Água em Cascais, e vários coletores ao longo das linhas de água e um emissário submarino com cerca de 2,7 quilómetros em Cascais.

Quer comentar a notícia que leu?