A Junta de Freguesia das Avenidas Novas está apostada na dinamização do comércio local, até como forma de criação de emprego, garante ao Olhares de Lisboa Ana Gaspar, presidente da Junta das Avenidas Novas.
«Na freguesia das Avenidas Novas temos tudo. Temos centralidade, temos transportes, temos espaços verdes, temos universidades e temos a Fundação Galouste Gulbenkian», afirma, com orgulho, a presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, Ana Gaspar, que, na década 50, nasceu nesta zona da cidade de Lisboa que lhe faz lembrar os boulevard de Paris, com acessibilidades e espaço para as pessoas passearem.
Para Ana Gaspar, as cidades não são estáticas, devendo ser«olhadas» a médio e longo prazo e, por isso, o novo projeto de requalificação da Praça de Espanha «é bem-vindo», até porque vai «dar uma nova vida a toda a freguesia». Na perspetiva da autarca, «é, com esperança, que vejo a criação de mais espaços verdes que permitam aos cidadãos usufruir desta “luz” que Lisboa tem».
Em termos de obras, Ana Gaspar lembra que já foi iniciado o projeto de requalificação dos terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa (a ser instalada em Carnide) que vão permitir a construção de apartamentos e de zonas comerciais e de serviço. Aliás, como salienta, «nesta zona de Entrecampos vão “nascer” 700 habitações de arrendamento a preços controlados».
Por outro lado, a edil, que salienta que o seu trabalho não se esgota aos sábados e domingos, reconhece que a sua freguesia pode ser considerada como uma freguesia que funciona a dois tempos. Por um lado, tem os licenciados e, por outro, tem uma comunidade onde impera o analfabetismo. É por causa dessa discrepância social, proporcionadora de conceitos e preconceitos sociais, que Ana Gaspar defende a necessidade de uma maior inclusão das «chamadas classes mais desfavorecidas».
Para a autarca, uma das medidas que, eventualmente, poderá diminuir o fosso social existente em algumas zonas de freguesia passa pelo Cartão Freguês Avenidas Novas, um produto da Junta de Freguesia, que concede aos seus titulares o acesso a bens e serviços em condições vantajosas nas áreas da saúde, desporto, cultura e atividades económicas, entre outras.
Este cartão pretende dinamizar o comércio local; envolver os estabelecimentos e entidades locais na comunidade onde estão inseridos e promover a relação de preferência da população aos bens e serviços oferecidos pelos estabelecimentos ou entidades aderentes.
A rede de estabelecimentos e entidades aderentes está divulgada nos suportes da Junta de Freguesia, que estão identificados com um dístico de “Aderente”, funcionando na aquisição de bens ou serviços num estabelecimento ou entidade aderente.