ALMIRANTE REIS VAI SER REPENSADA E NOVOS RADARES EM LISBOA AINDA NÃO ESTÃO A FUNCIONAR

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, revelou hoje, durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro Quartel de Comando e Formação do Regimento Sapadores de Bombeiros em Chelas, na freguesia de Marvila, que os novos radares ainda não estão a funcionar e que a Av. Almirantes Reis vai ser redesenhada.

Os novos radares de controlo de velocidade de veículos em Lisboa, inclusive 20 em novas localizações, “ainda não estão em funcionamento” porque está a ser avaliada a forma de informar os condutores, afirmou hoje o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro Quartel de Comando e Formação do Regimento Sapadores de Bombeiros em Chelas, na freguesia de Marvila.

Segundo Carlos Moedas, os novos radares «ainda não estão em funcionamento, mas vão estar em funcionamento e vão estar muito visíveis para que todas as pessoas saibam onde é que estão os radares em Lisboa».

Do ponto de vista de Carlos Moedas, «um radar não deve ser uma penalização, nem que as pessoas não saibam que o radar ali está, portanto há uma mudança neste executivo para ter uns radares em que as pessoas saibam que o radar ali está. Vamos informar as pessoas e, por isso, temos estado a trabalhar e vamos trabalhar para que isso aconteça, para que as pessoas quando vão de carro saibam que naquele sítio há um radar, não vamos tentar esconder o radar, vamos ter essa filosofia de que os radares são para dar um sinal às pessoas», assegurando que se trata de «uma política também diferente».

Carlos Moedas reiterou a importância de avisar os condutores sobre o cumprimento dos limites máximos de velocidade nas estradas, com os radares devidamente sinalizados, em que «as pessoas que veem o radar, que sabem que está o radar e que não respeitam o limite de velocidade terão de ser penalizadas, como em qualquer cidade».

Esse processo de como informar aos condutores ainda está a ser trabalhado pelo executivo camarário, pelo que a entrada em funcionamento dos novos radares «tem demorado um bocadinho mais», reconheceu o autarca de Lisboa, defendendo que estes equipamentos de controlo de velocidade de veículos devem servir para ajudar as pessoas, em vez de penalizar, no sentido do «respeito pelos outros», com a conjunção de diferentes meios de transporte, desde os veículos motorizados às bicicletas.

«É verdade que temos de andar mais devagar, é verdade que precisamos de ter mais cuidado e todos precisamos de ter um controlo, mas um controlo que seja visível. Acho que isso é importante para a cidade», considerou o presidente da Câmara de Lisboa, manifestando abertura para estudar a implementação do limite de velocidade de 30 quilómetros por hora (km/h) em mais ruas da capital.


Os limites de velocidade em Lisboa têm de ser aplicados de forma a que sejam respeitados, defendeu o autarca, acrescentando: «Conheço muitos pontos da cidade que têm um limite a 30 km/h e depois as pessoas não respeitam esse limite».

Carlos Moedas defendeu a necessidade de «mais fiscalização, não só nos limites de velocidade, mas também no próprio estacionamento».

Segundo a planta de localização do sistema de segurança rodoviária datada de junho de 2021, as 20 novas localizações onde vão ser instalados radares são as avenidas Santos e Castro (dois radares), Lusíada (dois), General Norton de Matos (um), Padre Cruz (dois), Marechal Gomes da Costa (um), da Índia (um), Infante Dom Henrique (dois), Dr. Alfredo Bensaúde (dois), Almirante Gago Coutinho (um), de Ceuta (um), Calouste Gulbenkian (um), Marechal Craveiro Lopes (um), a 2.ª Circular (um) e a Avenida dos Combatentes (dois).

Já os 21 radares a substituir localizam-se nas avenidas da Índia e Brasília (dois), Infante Dom Henrique (dois), de Ceuta (dois), Gen. Correia Barreto (dois), Estados Unidos da América (dois), Marechal Gomes da Costa (um), Almirante Gago Coutinho (um), Eusébio da Silva Ferreira (um), 5 de outubro (um), da Igreja (um), Cidade do Porto (um), João XXI (um), Afonso Costa (um), Eng. Duarte Pacheco (um), na 2.ª Circular (um) e na Avenida das Descobertas (um).

Redesenhar Almirante Reis

Por outro lado, o presidente da Câmara de Lisboa, depois de se ter referido às politicas habitacionais que tenciona implementar, assegurou que vai continuar a investir na rede ciclável, ressalvando que tal implica avaliar a segurança, inclusive para encontrar «muito brevemente uma alternativa para a ciclovia da Almirante Reis».

«Penso que a Avenida Almirante Reis merece que se olhe para ela do ponto de vista do longo prazo, temos que repensar urbanisticamente a avenida, para valorizar toda aquela avenida que durante anos foi, de certa forma, abandonada, ou seja, nós temos uma Avenida da Liberdade extraordinária, temos todo o eixo que vai do Saldanha até Entrecampos e, depois, temos realmente aquela parte a seguir à Alameda que tem de ser repensada», declarou o autarca, salientando que, neste momento, «estamos a falar com as pessoas para encontramos uma solução a curto prazo.

Carlos Moedas sublinhou ainda que «vamos incluir as pessoas nas decisões a longo prazo para a Avenida Almirante Reis, reiterando o compromisso de «muito brevemente apresentar a proposta alternativa para a ciclovia da Avenida Almirante Reis».

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