AMADORA CELEBRA 44 ANOS DE ELEVAÇÃO A CIDADE COM AMBIÇÕES PARA O FUTURO

A Amadora celebrou, esta segunda-feira, dia 11 de setembro, 44 anos de elevação a cidade com uma sessão solene. No seu discurso, a presidente da Câmara Municipal, Carla Tavares, lembrou os feitos conseguidos nas últimas quatro décadas, reforçando que é preciso “estar com os olhos no futuro”, aproveitando ainda para agradecer a todas as entidades do concelho que o ajudam a afirmar-se “na Área Metropolitana de Lisboa”.

“Hoje celebramos a Amadora, as suas gentes, a sua diversidade cultural e a sua história. Fazemo-lo com os olhos postos no futuro”, disse a autarca, reforçando que este “depende de todos nós, dos nossos sonhos e projetos”. Para Carla Tavares, este futuro deve ter por base “os princípios da democracia, liberdade e justiça social”. A edil começou o seu discurso a lembrar que a Amadora foi elevada a vila em 1937, e depois a cidade 42 anos depois, em 1979. “Esta transformação está viva na memória de muitos amadorenses”, reforçou Carla Tavares, lembrando que esta foi “uma caminhada longa que muitos, com determinação e coragem, trilharam”.

A autarca recordou ainda todas as mudanças que aconteceram no concelho nas últimas quatro décadas. “44 anos depois, a cidade da Amadora está irreconhecível. O cinzento das ruas, a inexistência de infraestruturas e de equipamentos de saúde, escolares, desportivos, sociais e culturais ficou no passado. Hoje, a Amadora é um território que se afirma na Área Metropolitana de Lisboa (AML)”, sublinhou a edil amadorense, lembrando que tal acontece devido “às suas acessibilidades e por ser um importante polo empresarial”, mas também por oferecer “qualidade de vida e oportunidades”, reiterando que tal foi possível graças à participação de todos os amadorenses.

Entidades e autarcas do concelho também foram fundamentais

De seguida, Carla Tavares lembrou também a contribuição dos antigos autarcas, sem excepção, nesta transformação do território da Amadora. Agradecendo ao presidente da Assembleia Municipal, António Ramos Preto, a presidente da autarquia reforçou o seu “trabalho e dedicação na presidência deste órgão democrático, defendendo os interesses e aspirações dos amadorenses”. Ao mesmo tempo, deixou também umas palavras de agradecimento à antiga vereadora e atual deputada à Assembleia da República, Rita Madeira, pela “defesa dos interesses da Amadora e dos amadorenses”.

A presidente da CMA elogiou ainda a forma como os órgãos municipais trabalham em conjunto, “colocando a cidade sempre em primeiro lugar”, apesar das diferenças políticas. Carla Tavares deixou ainda umas palavras de agradecimento ao antigo deputado municipal João Paulo Castanheira, “um exemplo de dedicação à causa pública”, e também aos presidentes de junta. “A vossa colaboração tem contribuído muito para a melhoria da qualidade de vida da nossa população”, disse a edil, sublinhando o trabalho de proximidade destes autarcas.

Cerimónia marcada pela presença de representantes de vários países

Para além do executivo municipal da Amadora, e de outros autarcas do concelho, esta sessão solene contou ainda com a presença da embaixadora da Ucrânia, Maryna Mykhaylenko, a quem expressou uma breves palavras de “solidariedade e amizade”, devido á guerra instalada naquele país. “A Amadora apoia incondicionalmente a Ucrânia. Estamos convictos que este país recuperará a paz e voltará a ser o país independente e próspero que conhecemos”, reforçou Carla Tavares. De igual modo, estiveram também presentes a embaixadora de Angola, Maria de Jesus Ferreira e o embaixador da Índia, Manish Chauhan, juntamente com a encarregada de negócios da Embaixada de Cabo Verde, Ana Pires, e o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento.

Para a edil amadorense, a presença de todas estas entidades reforçam “a amizade e cooperação” da Câmara Municipal com estes países, comunidades estas com uma forte presença no concelho. “Isto confirma a Amadora como uma cidade acolhedora, tolerante e solidária”. Ao mesmo tempo, estiveram também presentes representantes das entidades militares, às quais Carla Tavares também deixou umas palavras de agradecimento.

“A Força Aérea e o Exército são um exemplo de serviço à comunidade de preservação do património histórico e cultural, mas também da promoção da educação para a cidadania e segurança nacional”. Aqui, a presidente da Câmara da Amadora sublinhou “as excelentes relações institucionais” deste órgão com as forças militares, antes de agradecer, igualmente, à juíza da Comarca de Lisboa Oeste, Gabriela Feteira, à procuradora-geral adjunta, Maria Adelaide Santos, e ao procurador da República, Plácido Fernandes, também presentes na cerimónia. “Os tribunais merecem o nosso reconhecimento, pelo seu trabalho qualificado e dedicado, fundamental para a consolidação do estado de direito”, reforçou Carla Tavares.

Centro de Enfermagem Queijas

Trabalho fundamental dos agentes de Proteção Civil e profissionais de saúde

Contudo, a autarca amadorense lembrou também o papel fundamental dos agentes de proteção civil do concelho. Cumprimentando o comandante da Divisão Policial da Amadora, José Pedro Franco, Carla Tavares lembrou “as mulheres e homens que, com elevado sentido de missão, arriscam a sua vida em prol da segurança e bem-estar dos amadorenses. Estou certa que continuaremos de mãos dadas a trabalhar para a construção de uma cidade cada vez mais coesa, segura e resiliente”.

De seguida, a autarca agradeceu também ao presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Amadora, António João Carixas, bem como ao comandante da delegação da Amadora da Cruz Vermelha, Mário Conde. “Expresso a nossa gratidão a todas as mulheres e homens que diariamente estão sempre vigilantes ao serviço de todos nós. A Amadora tem feito um trabalho de reconhecida excelência na área da Proteção Civil”, disse Carla Tavares, agradecendo de seguida ao presidente do Conselho de Administração do Hospital Doutor Fernando da Fonseca, Luís Gouveia, bem como a todos os representantes dos demais estabelecimentos de saúde do concelho.

“A Amadora reconhece e agradece o trabalho extraordinário que os profissionais de saúde realizam todos os dias com coragem, sacrifício e humanismo. A vossa dedicação e trabalho desenvolvido mostram que os portugueses e os amadorenses, em particular, podem confiar no Serviço Nacional de Saúde”. Na perspectiva da presidente da CMA, “as respostas de proximidade que proporcional são essenciais para a qualidade de vida dos amadorenses”, e a mesma agradeceu ainda “a colaboração e disponibilidade permanente demonstrada ao longo dos anos”.

Educação é fundamental para a cidadania

Por outro lado, Carla Tavares expressou também um agradecimento às entidades religiosas do concelho, com as quais a autarquia “tem excelentes relações institucionais”, bem como às instituições de solidariedade social que desenvolvem a sua atividade no concelho da Amadora. “São essenciais para a consolidação da vocação social da autarquia em diversas áreas de apoio”, reforçou a autarca, disponibilizando todo o apoio da CMA no desenvolvimento deste trabalho e na “concretização dos vossos projetos”. De seguida, a presidente agradeceu também ao diretor da Escola Superior de Teatro e Cinema, Emídio Buchinho, bem como a todos os docentes, não docentes, diretores e associações de pais dos agrupamentos escolares do concelho.

“A educação é um pilar essencial para a cidadania”, disse Carla Tavares, lembrando que é através da educação que se adquirem “aprendizagens, princípios e valores para a construção de uma comunidade mais justa, coesa e igualitária”. Também o movimento associativo da Amadora foi referenciado neste discurso, “porque é fundamental na dinamização da vida local e comunitária”, sendo ainda uma “expressão da nossa liberdade, diversidade e solidariedade”. Por fim, Carla Tavares lembrou também o “trabalho extraordinário das empresas do concelho, que elas realizam todos os dias com visão, liderança e responsabilidade social”.

Por fim, a autarca dedicou umas palavras aos trabalhadores da Câmara da Amadora. “Lidam com as mais variadas áreas, enfrentam os mais diversos desafios e desempenham as mais diversas funções com profissionalismo, competência e dedicação. O vosso trabalho é expressão da nossa vocação e missão de construir um concelho mais justo, mais coeso e mais próspero”, reforçou.

Olhar para o futuro

No entanto, e apesar de todas as transformações das últimas décadas, Carla Tavares sublinhou que é importante “olhar para o futuro”, e construí-lo “com base nos princípios da democracia, liberdade e justiça social”. “A Amadora é uma cidade com uma vocação de acolhimento, solidariedade e participação e o seu maior património e identidade são as suas pessoas e os seus valores”, disse a autarca. Carla Tavares concluiu a sua intervenção dedicando umas palavras aos jovens amadorenses, uma vez que são eles o futuro da cidade. “A Amadora será tudo aquilo que vocês quiserem. O futuro depende de cada um de nós, das nossas escolhas, das nossas ações e das nossas atitudes”.

Para a edil, os jovens “podem ser agentes transformadores da comunidade”, incentivando-os a intervir na comunidade, através da política local ou ingressando no movimento associativo, entre outros exemplos. “A política de hoje é a oportunidade de se envolverem nos destinos da vossa cidade e do voss país”, concluíu.

Entrega de medalha de mérito a Tiago Rodrigues

Por fim, esta sessão solene terminou com a entrega da medalha municipal de mérito ao ator, dramaturgo e encenador Tiago Rodrigues, uma vez que não foi possível entregar esta distinção mais cedo. O artista cresceu na Amadora e conta com uma vasta carreira na área do teatro, tendo apresentado mais de 30 peças em todo o mundo. Ao mesmo tempo, foi também diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II. “É uma honra que recebo esta medalha e recebo-a com grande emoção, porque vêm juntar-se à grande quantidade de presentes e ofertas que a Amadora já me fez”.

“Quero agradecer à Amadora o facto de me ter permitido crescer num lugar onde aprendi o amor pela diferença e pelos outros”, acrescentou Tiago Rodrigues, instigando ainda a autarquia e a sociedade civil a continuar a lutar pela cultura e pelas artes. “Elas são indispensáveis para que a vida republicana e democrática possam ser cumpridas. Contem comigo para essa batalha”, concluiu o ator e dramaturgo, que atualmente vive em França.

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