Começou mais uma edição da ARCO Lisboa. A Cordoaria Nacional voltou, assim, a receber até 19 de maio, a feira internacional de arte contemporânea, este ano com enfoque nos artistas africanos.
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu, durante a inauguração da ARCOlisboa, na Cordoaria Nacional, que, 2019, «vai ser mesmo o ano em que o Estado vai voltar a adquirir arte contemporânea, de forma a enriquecer o seu acervo», para promover a cultura no país.
A Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea para o biénio 2019/2020, agora criada pelo Executivo, é composta pela curadora Sandra Vieira Jürgens, os artistas Manuel João Vieira, Sara Nunes e André Campos e dois representantes do Ministério da Cultura, anunciou o primeiro-ministro.
O anúncio da formalização da Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea, criada por de despacho conjunto dos ministérios das Finanças e da Cultura, foi feito por António Costa, durante a cerimónia de abertura da ARCOlisboa – Feira Internacional de Arte Contemporânea 2019.
O Primeiro- Ministro revelou que, todos os anos, «a residência oficial do Primeiro Ministro, o palácio de S. Bento, expõem coleções particulares de arte contemporâneo», transformando-se «numa montra da arte contemporânea lusa».
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, fez questão de realçar, por seu turno, que, durante quatro dias, este «evento vai colocar a capital portuguesa no centro das atenções de colecionadores, artistas, galerias e profissionais da arte de todo o mundo».


Para Fernando Medina, «esta é uma das principais feiras da arte contemporânea a nível mundial e marca o espírito de abertura, tolerância e cosmopolitismo de Lisboa», reforçando o papel e o interesse de Lisboa como destino cultural e como capital europeia no panorama da arte contemporânea.
Fernando Medina acrescentou, ainda, que a parceria feita com a feira internacional de arte contemporânea de Madrid permitiu, entre outras coisas, dar «uma maior visibilidade aos artistas portugueses».
Carlos Urroz, que foi diretor nas três edições da feira, tendo assistido ao nascimento do certame em Lisboa, quando a Feira de Madrid (IFEMA) assim o decidiu, disse estar «emocionado e surpreendido» com a distinção.
Coorganizado pela Feira de Madrid (IFEMA) e pela Câmara Municipal de Lisboa, o certame apresenta galerias de 17 países na Cordoaria Nacional, com a presença especial de galerias africanas, assim como uma secção dedicada às publicações de arte contemporânea.
Como nas edições anteriores, a feira está organizada em torno de três áreas: o Programa Geral, com 52 galerias, Opening, com nove, e Projetos, também com nove.
Este ano, como fizeram questão de referir o Primeiro Ministro e o presidente da Câmara de Lisboa, o continente africano está bem representado nesta feira internacional de arte contemporânea.
Na sua quarta edição, a ARCO Lisboa, irmã mais nova da ARCO Madrid, é já um acontecimento incontornável da agenda cultural portuguesa, contando com a presença de 71 galerias portuguesas e estrangeiras – incluindo seis de África.
A nova secção especial África em Foco, com curadoria de Paula Nascimento, tem seis galerias: a Afriart (Kampala, Uganda), Arte de Gema (Maputo, Moçambique), Jahmek (Luanda, Angola), Momo (Cidade do Cabo, África do Sul), Movart (Luanda, Angola), e This is not a White Cube (Luanda, Angola).
Dedicado a galerias mais jovens, o espaço Opening apresenta nove projetos selecionados pelo curador João Laia, que inclui algumas de criação recente como a Lehmann+Silva, do Porto, ou Fran Reus, de Palma de Maiorca (Espanha).
Globalmente, participam 24 galerias de Portugal, 24 de Espanha e duas do Brasil, mas também de países como o Reino Unido, a Roménia, a Itália, Polónia e França.