CARLOS MOEDAS APRESENTA DIRETOR DE CAMPANHA E CARTAZ

O médico de Saúde Pública e epidemiologista Ricardo Mexia, desde 2016 presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e integrando o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, é o diretor de campanha da candidatura de Carlos Moedas à Câmara de Lisboa, foi hoje anunciado no decorrer da apresentação do primeiro outdoor do candidato que tem a mensagem «Lisboa pode ser muito mais do que imaginas».

Presença mediática constante no último ano devido à pandemia da Covid-19, o médico de Saúde Pública e epidemiologista Ricardo Mexia é o diretor de campanha de Carlos Moedas na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa. A apresentação foi feita esta tarde na primeira «ação de campanha» de Carlos Moedas, que apresentou também o primeiro cartaz da candidatura à cidade de Lisboa.

O candidato a presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, sublinhou que a sua candidatura tem como objetivo fazer «politica diferente e fazer diferente é envolver pessoas de fora que querem mudar a maneira de fazer política». «Disse sempre que se fizesse esta campanha era para ser diferente, era para arriscar», sublinhou, acrescentando que «Ricardo Mexia é militante do PSD, mas a sua vida vai para além disso».

Carlos Moedas falava ao lado do diretor de campanha, bem como dos líderes da distrital e da concelhia do PSD Lisboa, Ângelo Pereira, Luís Newton e Vasco Morgado, e também do democrata-cristão Filipe Anacoreta Correia, que negociou todo o processo da coligação pelos centristas e que deverá ser o número dois da lista, estava presente. Contudo, sobre a constituição da lista, Carlos Moedas não quis adiantar nada, salientando apenas que «a coligação está fechada, mas os nomes que vão compor a lista ainda não foram apresentados».

Por outro lado, o candidato Carlos Moedas, que pretende mais financiamentos «para a cultura, ciência e educação para melhorar a vida dos lisboetas», elogiou a «credibilidade profissional extraordinária do seu diretor de campanha e disse ter uma enorme honra por poder contar com alguém que vem de outro mundo».

Carlos Moedas justificou a escolha de Ricardo Mexia por ser uma pessoa que, gostando de política, pode vir agregar uma visão diferente de fora das máquinas partidárias. «Queremos uma campanha que venha pelas pessoas. Temos de ter alguém que venha de outro mundo. As pessoas não estavam à espera, mas é importante para mudar a forma como fazemos política. O Ricardo Mexia representa isso mesmo», garantiu, sublinhando ainda que esta «presidência da Câmara de Lisboa está esgotada»

Por seu turno, o médico Ricardo Mexia fez questão de afirmar que quer alinhar num «projeto de mudança para mudar a liderança socialista que está em franco declínio», defendendo que «vai trazer novas ideias para Lisboa, envolvendo os lisboetas para que Lisboa viva novos tempos»

Ricardo Mexia é o segundo perito que ganhou protagonismo durante a pandemia a ser convidado para integrar a campanha de Carlos Moedas. O primeiro foi o virologista Pedro Simas, que será o responsável pela elaboração de um plano para preparar Lisboa para futuras pandemias, que permita à cidade «preparar a cidade com um plano de contingência ágil que responda atempadamente a futuras pandemias», afirma o candidato.

«Pai de 3 rapazes enérgicos, viajante compulsivo e cidadão do mundo», como é descrito no seu currículo, Ricardo Mexia licenciou-se em Medicina em 2002 pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e concluiu o mestrado em Saúde Pública onze anos depois, na Escola Nacional de Saúde Pública. Em 2016, tornou-se presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e, desde 2019, é auditor de Defesa Nacional e vice-presidente da secção de Controlo de Doença Transmissível da Federação Europeia de Saúde Pública. Atualmente, integra o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, onde desenvolve o seu trabalho na área das doenças transmissíveis e da vigilância epidemiológica, sendo também formador de diversos cursos.

Lisboa pode ser muito mais…

No primeiro cartaz da candidatura, colocado na Praça Marquês de Pombal, pode ler-se a frase «Lisboa pode ser muito mais do que imaginas», numa fundo azul, sem símbolos partidários e com o candidato Carlos Moedas recortado e a sair do outdoor, como tem sido habitual nas campanhas desenhadas pela agência Mosca, sem símbolos partidários nem qualquer alusão ao PSD e ao CDS. E, isso explica-se, segundo Carlos Moedas, porque foi feito numa fase inicial em que a coligação ainda não estava fechada. Não será sempre assim, garantiu.

O candidato apoiado pelo Partido Social Democrata (PSD) e CDS-PP a Lisboa garantiu, por outro lado, que um dos propósitos da sua candidatura seria «unir o centro de direita em Portugal», demonstrando assim a sua intenção de reforçar a direita no país. Outro objetivo do social-democrata é ser uma alternativa a Fernando Medina. Carlos Moedas acredita que a capital precisa de uma nova liderança e assegura que os lisboetas podem podem contar comigo para essa mudança, para ser uma alternativa aquilo que tem sido a governação destes 14 esta governação socialista».

Carlos Moedas admite ter um «projeto diferente onde pretende criar emprego sustentável, emprego que nos vai dar uma melhor qualidade de vida» e para que isso aconteça é necessário que seja criado talento. O candidato a Lisboa também revelou a intenção de «trazer para Lisboa o conceito dos novos tempos», para que a capital seja mais «centrada nas pessoas, na resolução dos problemas das pessoas, na tecnologia, na inovação, no combate às alterações climáticas».

O nome de Carlos Moedas enquanto candidato do PSD para a Câmara Municipal de Lisboa surgiu a 25 de fevereiro, com o líder social-democrata a considerá-lo a «candidatura forte» que tanto precisava para Lisboa. Entretanto, já conta também com o apoio do CDS-PP, cujo presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, classificou-o como sendo «um nome forte para a coligação de centro-direita». A coligação em torno de Carlos Moedas já conta, para além do PSD e do CDS/PP, com participação da Aliança. do Reagir, Incluir e Reciclar (RIR), do Movimento Partido da Terra (MPT), do Partido Popular Monárquico (PPM).

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