CENTENÁRIO DE AMÁLIA RODRIGUES COMEMORADO COM MUITO FADO E SAUDADE

No dia em que Amália Rodrigues faria a 23 de junho 99 anos, a fundação com o nome da fadista anunciou a programação que, em 2020, vai assinalar o centenário do nascimento da diva do fado.

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As comemorações dos 100 anos de Amália Rodrigues começam já este ano – a partir de outubro -, com os concertos «Amar Amália» que também assinalam os 20 anos da morte da artista. Dulce Pontes, Simone de Oliveira, Paulo de Carvalho, Amor Electro, Marco Rodrigues e Vanessa da Mata são os nomes que vão homenagear a diva da música portuguesa e lembrar o legado de Amália 20 anos depois da sua partida.

O presidente do Conselho da Fundação Amália Rodrigues, Vicente Rodrigues, revela que, a 5 de outubro, no Altice Arena, em Lisboa, volta a receber o espetáculo «Amar Amália», que assinalou a 16 de fevereiro os 20 anos da morte da fadista. O espetáculo, que a 8 de novembro passa pelo Multiusos de Guimarães e, a 16 de novembro, pelo Pavilhão Rosa Mota, no Porto, «não vai contar só com fadistas» e será «virado para as novas gerações».

Ainda em outubro, no dia 12, Amália Rodrigues será recordada no Brejão, na freguesia de São Teotónio, Odemira, onde a fadista tinha uma casa de férias, “uma porção de paraíso onde era a mulher que interagia com o povo e não a artista”, como recordou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Odemira, Deolinda Seno Luís.

Já em janeiro, no dia 14, será inaugurada uma «grande exposição» no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, que irá depois passar por outros centros comerciais do grupo Sonae.

De acordo com um dos administradores da Fundação Amália Rodrigues, Rui Órfão, trata-se de uma instalação, «um grande jardim que vai ser plantado com cem malmequeres – flor de eleição de Amália – que têm uma componente multimédia».

«Os visitantes poderão intervir nas pétalas dos malmequeres, que serão um documento de afeto e memórias», referiu, adiantando que «a envolver o jardim circular estará o mundo de Amália, com todas as cidades onde atuou».


No final da exposição, «cada flor será leiloada, para que o valor arrecadado permita cumprir o legado de ajudar instituições que Amália deixou em testamento».

Em 2020 haverá ainda uma outra exposição itinerante, para levar a fadista a todo o país, em parceria com autarquias, e ao estrangeiro.

De acordo com Rui Órfão, nesta mostra o público poderá contactar com «uma Amália menos vista, a pessoa que toda a gente conhece, mas ainda tem segredos para todas as pessoas». Na exposição serão mostradas «indumentárias, adereços, fotos mais privadas, pouco vistas, e depoimentos de Amália, em vídeo».

A estas iniciativas juntam-se uma multiplicidade de outras, como, segundo Vicente Rodrigues, a emissão de selos comemorativos do centenário de Amália, em parceria com os CTT, e a edição de alguns produtos comemorativos, como um relógio, um vinho ou uma coleção de óculos de sol.

Além disso, haverá uma Grande Gala Amália, em outubro de 2020, cujos detalhes serão anunciados mais tarde, mas que servirá de «tributo a pessoas que têm sido muito relevantes na cultura, no fado».

Ao longo do ano, haverá também várias atividades culturais na Casa-Museu Amália Rodrigues, que é também sede da fundação, como debates e tertúlias, com o objetivo de levar «para casa da Amália os portugueses, as pessoas que gostam de Amália, que gostam de fado, para poderem apreciar a vida de uma mulher que foi ímpar, não apenas como cantora».

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