COM MAIS DE 4,5 MILHÕES INVESTIDOS, OEIRAS TEM 5 PRAIAS COM BANDEIRA AZUL

«O Município de Oeiras já investiu 4,5 milhões de euros nas zonas balneares», referiu Isaltino Morais, presidente do município no decorrer do hastear das bandeiras azuis nas 5 praias do concelho. Desta forma, a Associação Bandeira Azul da Europa reconhece a Oeiras «a excelência da qualidade das suas praias», atribuindo a distinção às praias da Torre, de Santo Amaro de Oeiras, de Paço de Arcos e de Caxias — as oficiais do município — tal como ao Porto de Recreio de Oeiras.

O Município de Oeiras vem sendo referência em matéria de defesa do ambiente. E prova disso são os prémios arrecadados ao longo dos últimos anos. Atualmente, todas as praias do concelho sob gestão municipal têm bandeira azul. Este galardão máximo da qualidade das praias apenas só é possível, após décadas de trabalho na organização da frente ribeirinha, despoluição das ribeiras e das suas margens, limpeza dos areais, construção de saneamento e tratamento de águas domésticas e pluviais e, mais recentemente, na organização das praias, acentuou hoje, de manhã, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, no decorrer da cerimónia de o hastear das Bandeiras Azuis em simultâneo nas Praias da Torre, Santo Amaro, Paço de Arcos e Caxias.

A cerimónia oficial teve lugar no Porto de Recreio de Oeiras, que também recebeu uma Bandeira Azul, e contou com a presença do Executivo Municipal, dos presidentes de Juntas e Uniões de Freguesia do Concelho, e do presidente da Oeiras Viva, E.M., Rui Mourinha. A cerimónia contou ainda com a intervenção do Presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, José Archer, que fez questão de salientar que o Porto Recreio de Oeiras, recebe pelo 15º ano consecutivo este galardão da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). De salientar que o Porto de Recreio de Oeiras também tem as 5 âncoras de ouro desde 2009, classificação atribuída pela Thya Gold Anchor – The Yacht Harbour Association, que é o equivalente às 5 estrelas num hotel.

«As Bandeiras Azuis, atribuídas pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), assinalam o reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo Município de Oeiras no âmbito da qualidade ambiental, segurança, bem-estar e infraestruturas de apoio das suas praias oficiais», defendeu José Archer, que recordou que, há 3 décadas, as praias de Oeiras estavam sujas e poluídas, mas hoje, graças ao trabalho desenvolvido pela autarquia, «todas as suas praias ostentam a bandeira azul».

Segundo o presidente da associação, as Bandeiras Azuis, atribuídas pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), assinalam o reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo Município de Oeiras no âmbito da qualidade ambiental, segurança, bem-estar e infraestruturas de apoio das suas praias oficiais.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, após salientar as preocupações do município com as alterações climatérica e na defesa da sustentabilidade ambiental, referiu a limpeza de excelência das praias, que é feita todos os dias, assim como a importância da limpeza realizada nas linhas de água do concelho e o trabalho desenvolvido para a melhoria da nossa costa. «O Município de Oeiras já investiu 4,5 milhões de euros nas zonas balneares», referiu.

Isaltino Morais sublinhou, ainda, que os munícipes e visitantes das praias do Concelho de Oeiras poderão usufruir dos novos equipamentos de apoio, de mais estacionamento e da garantia de um serviço de limpeza reforçado, referindo que este ano houve um acréscimo do número de papeleiras compactadoras inteligentes, instaladas em toda a extensão do Passeio Marítimo.


Nos areais, a limpeza contará ainda com a limpeza mecânica diária em horário noturno e a recolha dos resíduos depositados nos ecopontos quatro vezes ao dia. Para complementar, os Jovens em Movimento são igualmente presença garantida, desempenhando atividades de manutenção dos areais, acessos e ecopontos de praia. Este ano volta também a ser possível utilizar eco cinzeiros, disponibilizados à entrada da praia ou nas Bibliotecas, não sendo necessário devolvê-los.

No âmbito da segurança, o serviço de vigilância balnear é assegurado através de nadadores-salvadores e respetivo plano integrado de salvamento, que garante as melhores condições de segurança aos banhistas. Ao dispositivo de segurança aprovado pela Capitania do Porto de Lisboa, a Câmara Municipal de Oeiras acrescentou a disponibilização de meios complementares, como é o caso das torres de vigia e Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE). Refira-se que este último é um equipamento médico de suporte de vida para os casos de emergência médica.

A segurança dos areais e do Passeio Marítimo conta, ainda com uma ação coordenada entre a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Polícia Marítima e a Polícia Municipal. E como as praias são para usufruto de todos, o Programa Praia Acessível estará uma vez mais disponível em Santo Amaro.

Os banhistas têm também ao dispor quatro Bibliotecas de Praia, que disponibilizam várias atividades, assim como livros, jornais e revistas para consulta e empréstimo. Será ainda disponibilizado acesso ao PressReader, uma plataforma com mais de 7.000 jornais e revistas.

Frente comum em defesa da orla costeira

No entanto, Isaltino Morais não se coibiu de tecer criticas à Administração do Porto de Lisboa. Para ele, o Porto de Lisboa, que não investiu «um centavo» na despoluição das praias do concelho, quer «mandar em toda a orla costeira».

Contudo, como defende, a gestão deste território costeiro «deve ser da responsabilidade das autarquias locais», sublinhando, no entanto, que o «Governo tem investido na despoluição das ribeiras».

Por isso, é que considerou importante a reunião dos presidentes de Câmara de Oeiras, Lisboa e Cascais em que foi decidido avançar com um plano de intervenção na zona costeira e ribeirinha dos três concelhos e pedir uma reunião ao ministro das Infraestruturas, revelou.

Defendendo uma «visão global» para a zona Costeira dos 3 concelhos, que contribuem no seu conjunto com cerca de 50% para o PIB nacional, Isaltino Morais, após reconhecer as localizações privilegiadas destes municípios, recordou que «queria fazer de Paço de Arcos a Saint-Tropez portuguesa, porque tem «charme para isso» e condições naturais que permitem a criação de uma grande marine. Mas, os diferentes «poderes públicos», entre os quais o Porto de Lisboa, não o permitiram.

Por seu turno, o presidente da Associação Bandeira Azul, José Archer, revelou que Portugal conta este ano com 431 praias, marinas e embarcações galardoadas com Bandeira Azul, mais 32 do que em 2021, com um aumento de praias fluviais distinguidas com o galardão.

José Archer, que salientou, na cerimónia, que o número este ano «é quase 15 vezes superior ao número de há 25 anos», recordou que há «trinta e cinco anos depois do hastear da primeira Bandeira Azul anunciamos a atribuição das bandeiras azuis de 2022 a 393 praias, 18 marinas e 20 embarcações ecoturísticas, num total de 431 bandeiras azuis atribuídas».

Na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul mais 21 praias, mais duas marinas e mais nove embarcações de ecoturismo do que no ano passado.

As 393 praias estão distribuídas por 102 municípios, com destaque para Vila Verde, Tábua e Alandroal, que candidataram praias pela primeira vez, e para Cascais e Marinha Grande, que regressaram este ano ao programa Bandeira Azul.

Este ano, voltou a realçar-se o crescimento “contínuo e seguro das praias fluviais”, o que, segundo os responsáveis do programa, “evidencia a aposta dos promotores na qualidade destas zonas balneares e das áreas envolventes”.

Em relação às marinas e portos de recreio, o Núcleo Recreio Náutico de Velas, o Núcleo Recreio Náutico Lajes do Pico e o Porto de Recreio de Machico integram o programa Bandeira Azul pela primeira vez em 2022.

No entanto, o maior crescimento desta edição é o do Galardão Bandeira Azul para Embarcações de Ecoturismo, que conta com mais nove embarcações, de cinco novos operadores e, desta forma, passa a estar presente em todas as regiões, exceto nos Açores.

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