DOIS PRÉMIOS NOBEL PARTICIPAM NA 1ª BIENAL DE POESIA DE OEIRAS

O prémio Nobel de Literatura em 2010, o escritor peruano Mário Vargas Llosa, e o prémio Nobel da Paz, o antigo presidente da República de Timor Leste, Ramos Horta, vão participar na primeira 1.ª edição da Bienal Internacional de Poesia de Oeiras, que se vai realizar no Parque dos Poetas, entre 16 e 21 de novembro.

«Nada melhor que o Parque dos Poetas, o centro geodésico da poesia, com uma vista soberba sobre o rio Tejo, de onde partiram os descobridores portugueses (também eles de certa forma poetas)» para «acolher» os mais de 100 convidados, oriundos de 3 continentes, que vão participar, entre 16 e 21 de novembro, na 1.ª Edição da Bienal Internacional de Poesia de Oeiras, afiançou Isaltino Morais, durante a apresentação pública destte evento gratuito e aberto ao público com uma programação multicultural e multidisciplinar.

Isaltino Morais, após lembrar que no Parque dos Poetas estão representados algumas das figuras mais importantes da poesia e da literatura de língua portuguesa, salientou que «a poesia é sonho, sentimento e amor, mas também é democracia e liberdade». Aliás, a presença de dois prémio Nobel assim o confirmam, porque «a política tem muito de poesia. Um presidente de câmara tem que “sonhar” para levar por diante os seus projetos» e, como a poesia também é sonho, logo os autarcas também são poetas…

Por seu turno, Jorge Barreto Xavier, comissário da candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura, salientou que, tanto a língua portuguesa, como a poesia, tão marcada no concelho, fazem parte de um dos principais eixos da candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura 2027, «devendo ser uma ancora para a estratégia que vamos seguir».

O comissário Barreto Xavier fez questão de salientar que nesta primeira edição da Bienal Internacional de Poesia de Oeiras será discutido o tema “Poder e Democracia”, no passado, no presente e no futuro e em todas as suas declinações e leituras.

Segundo Barreto Xavier, «nada melhor que o Parque dos Poetas e o Templo da Poesia para receber este evento que «vai conseguir transformar Oeiras num concelho de referência da poesia», tanto a nível nacional como internacional.

«De conversas-concerto a workshops, palestras e até teatro, este festival dedicado às várias expressões da poesia reforçam a ligação natural do concelho a este universo, que também se manifesta através de espaços como o Parque dos Poetas, o Templo da Poesia e a forte Rede de Bibliotecas Municipais», defenderam Isaltino Morais e Barreto Xavier.

De acordo com Tito Couto, responsável da empresa que programou este evento, a organização e produção desta Bienal, a cargo da The Book Company, em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras, «a Bienal de Poesia de Oeiras vai tratar da obra poética, nas suas mais variadas formas: da tradição popular à produção erudita, da transmissão oral à editada em papel, da palavra cantada à palavra filmada.”.

Esta 1.ª edição, dedicada ao tema “Poder e Democracia” e conta, no alinhamento, com convidados como o Nobel da Paz, o timorense Ramos Horta, que vai «falar sobre a revolução poética da independência de Timor Leste» e do Nobel da Literatura, Mario Vargas Llosa (por videoconferência, numa sessão exclusiva para alunos das escolas do município).  Simone de Oliveira, Jorge Valdés Díaz-Vélez, Miguel Araújo, Samuel Úria, Capicua, Nando Reis e Sérgio Godinho, são outras «figuras de proa» do mundo das artes de expressão oficial portuguesa que vão estar presentes.

O segundo dia desta Bienal já conta no seu alinhamento com a Masterclass “Wisława Szymborska: Fim e começo”, com a Conversa-concerto com Simone de Oliveira, e com o showcase Upside Down Poetry “Cada Som Como um Grito”, todos a partir das 21h00.

O dia 17 de novembro fica marcado pela sessão marcada para as 16 horas, no auditório do Templo da Poesia, por videoconferência, com Mario Vargas Llosa e moderação da jornalista Maria João Costa.

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