A Comissão de Freguesia de Marvila do PCP, em comunicado enviado às redações, pede o reforço de recursos humanos e a melhoria das condições na nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Marvila, inaugurada no passado dia 18 de janeiro, e com capacidade para 22 mil utentes.
Numa moção apresentada em Assembleia de Freguesia, os eleitos do PCP naquele órgão salientam que, atualmente, existem cerca de 10 mil utentes sem médico de família, pedindo, por isso, o reforço do número de médicos e enfermeiros que trabalham naquele espaço, bem como “de outros profissionais de saúde e de meios complementares de diagnóstico, capazes de assegurar a todos os utentes o seu efetivo direito à saúde”.
Ao mesmo tempo, este documento alerta também para a necessidade de assegurar que os utentes, “que têm que se dirigir de madrugada para a porta da unidade, não tenham que esperar na rua até às oito horas da manhã, para terem acesso à sua consulta ou qualquer outra valência de saúde”, considerando que tal constitui uma “falta de consideração e respeito por todos os utentes de saúde, em particular os mais idosos”.
Neste sentido, os eleitos do PCP pedem que seja providenciado, antes da hora de abertura da USF, “o acesso imediato e direto à efetiva Sala de Espera” desta unidade, e ainda que a Junta de Freguesia de Marvila peça à Câmara de Lisboa que solicite à Carris “a alteração de percursos das carreiras que por ali passam, de forma a ficarem mais perto do centro de saúde e instalar paragens nas suas imediações”, uma vez que os transportes públicos ficam longe desta unidade, o que prejudica sobretudo os “utentes que têm condicionantes de mobilidade ou uma idade mais avançada”.
Esta moção foi apresentada na última Assembleia de Freguesia de Marvila, que se realizou no passado dia 20 de janeiro, e foi aprovada por unanimidade por todos os eleitos. O documento seguirá ainda para o Governo; para os partidos com representação na Assembleia da República; para a Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa; para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT); e ainda para a Carris.
Recorde-se que a nova USF de Marvila tem capacidade para mais de 22 mil utentes, representando um investimento de cerca de três milhões de euros, com recurso a fundos europeus. Esta nova unidade, para além dos cuidados de saúde primários, conta ainda com outras valências, tais como a prestação de cuidados na comunidade, consultas de nutrição, psicologia, saúde oral, entre outras.
No dia da inauguração do espaço, que contou com a presença do presidente da CML, Carlos Moedas, do presidente da Junta de Freguesia de Marvila, José António Videira, e ainda do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o último reiterou a necessidade de contratar “mais médicos e de mais profissionais” de saúde, tais como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros, esperando que, muito em breve, os utentes de Marvila que não têm médico de família passem a tê-lo o mais depressa possível.
