MARVILA JÁ TEM NOVO CENTRO DE SAÚDE

A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Marvila foi inaugurada esta quarta-feira, dia 18 de janeiro. Este espaço tem capacidade para mais de 22 mil utentes, e representa um investimento de cerca de três milhões de euros, com recurso a fundos europeus. Esta nova unidade, para além dos cuidados de saúde primários, conta ainda com outras valências, tais como a prestação de cuidados na comunidade, consultas de nutrição, psicologia, saúde oral, entre outras.

Nesta inauguração, esteve presente o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que classificou esta nova USF como um “espaço muito agradável e com muito conforto”, não só para a população, mas também para os profissionais de saúde. Para o governante, a nova USF de Marvila é demonstrativa “de uma boa parceria” entre o Governo e as autarquias, salientando “os benefícios da descentralização” de competências para o poder local.

“Este é um momento muito importante, porque é um momento que assinala uma ideia de modernidade no Serviço Nacional de Saúde”, referiu ainda Manuel Pizarro, considerando ainda este novo edifício como um espaço “belíssimo e extraordinariamente funcional”. Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de Marvila, José António Videira, considera que é“uma grande honra e um grande privilégio para a população de Marvila ter esta Unidade de Saúde aberta com estas condições”, manifestando ainda “o grande apreço” por todos os profissionais daquele espaço. O autarca aproveitou também para salientar a “grande cooperação institucional” com a CML, não só na concretização de projetos em Marvila, mas também na divulgação do Plano de Saúde 65+.

“Desde o início, a Junta de Freguesia de Marvila acompanhou a decisão da Câmara Municipal de Lisboa”, referiu José António Videira, para quem “o que interessa é defender as pessoas”, e não as cores políticas. Contudo, o autarca relembrou ainda que, atualmente, cerca de 14 mil utentes da freguesia ainda não têm médico de família, mas espera-se que este número seja reduzido, porque é intenção da Câmara Municipal de Lisboa ajudar a captar “mais médicos”, bem como reforçar o número de enfermeiros daquela USF.

Aliás, essa necessidade foi reforçada pelo Ministro da Saúde, que reiterou a necessidade de contratar “mais médicos e de mais profissionais” de saúde, tais como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros, algo que, a seu ver, não se conquista com novos edifícios, embora as boas infraestruturas “tornem mais fácil atrair profissionais”. Por isso, Manuel Pizarro espera que, muito em breve, os utentes de Marvila que não têm médico de família passem a tê-lo o mais depressa possível.

“Temos que olhar para as políticas públicas do nosso país, em especial para a política de saúde”, referiu o Ministro da Saúde, para quem o protocolo estabelecido entre a Câmara de Lisboa e o Ministério da Saúde “é um projeto com continuidade”. Recorde-se que, no total, estão previstos 15 novos centros de saúde em toda a cidade, sendo que, até ao momento, já foram inaugurados seis, e estão mais dois em fase final de conclusão. “Nós vamos concretizar este programa”, garantiu Manuel Pizarro, reforçando a importância da descentralização de competências para as autarquias, “porque têm um olhar mais próximo e uma maior perceção das necessidades das populações”.

Contudo, e apesar deste bom funcionamento, é necessário haver uma “adequada partilha dos recursos financeiros” com o poder local. Por fim, o Ministro da Saúde aproveitou para agradecer o esforço da CML na concretização destas unidades de saúde. Recorde-se que a USF de Marvila representa um investimento a rondar os três milhões e meio de euros, com recurso a fundos do Portugal 2020.


“A Câmara de Lisboa fez aqui um belíssimo investimento e um belíssimo apoio ao Serviço Nacional de Saúde”, considerou ainda Manuel Pizarro, lembrando ainda que, o mais importante, “nestes serviços públicos essenciais, o que interessa verdadeiramente é servir as pessoas”, trabalhando de perto com as autarquias para “atender às suas prioridades”.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, acredita que esta nova USF é o resultado de um trabalho conjunto entre a autarquia e todos “os atores mais importantes na saúde”, considerando o dia de hoje “é um dia muito especial e importante” por esse motivo. Este novo espaço, que para além dos cuidados de saúde primários, conta também com outras valências, tais como a prestação de cuidados na comunidade, consultas de nutrição, psicologia, saúde oral, entre outras.

Ainda no entender do autarca, é preciso “mudar a cidade”, construindo um “estado social” e trazendo assim “soluções para as pessoas”, como comprova a nova USF de Marvila. No mesmo discurso, Moedas referiu que a CML prevê investir mais 10 milhões de euros na construção e reabilitação dos centros de saúde em Lisboa, até 2026, abrangendo 28,6 milhões de pacientes.

Para o presidente da Câmara de Lisboa, este é um investimento que pretende ir ao encontro da intenção de “resolver os problemas das pessoas”, da mesma forma que o Plano de Saúde 65+, que entrou em vigor esta semana e funciona de forma “totalmente gratuita”, bastando apenas mostrar o Cartão de Cidadão numa farmácia aderente. Até ao momento, acrescentou Moedas, já se inscreveram nesta iniciativa 4189 pessoas, das quais 570 são residentes na freguesia de Marvila, sendo atualmente a localidade com o maior número de inscritos.

Neste sentido, o presidente da CML agradeceu o apoio dado pelas Juntas de Freguesia, uma vez que estas “são cruciais” na divulgação desta iniciativa, graças “à proximidade com as populações”. No entanto, o autarca salientou que o Plano de Saúde 65+ não é uma substituição do Serviço Nacional de Saúde, mas sim um complemento ao mesmo. Ainda na mesma intervenção, Moedas aproveitou ainda para agradecer o “trabalho dos profissionais de saúde”, dirigindo-se ao coordenador da USF de Marvila, António Rito, e à enfermeira-chefe do espaço, Elsa Rosa.

“Sabemos que trabalham em condições muito difíceis e é por isso que a Câmara Municipal estará sempre ao vosso lado e estará sempre aqui para construir soluções e para complementar”, referiu o presidente da Câmara de Lisboa, reiterando a importância do trabalho destes profissionais. Carlos Moedas considera ainda que é crucial “resolver os problemas das pessoas”, e neste sentido, manifestou o seu “privilégio em ser o presidente de câmara que concretiza o sonho de todos”.

1 COMENTÁRIO

  1. Certo de saúde de MARVILA todo bonito pôr dentro más ós utentos (nós)ficamos na Rua dás 6 horas dá manhã até às 8has para ter uma consulta médica urgente à qual muitas vezes mandanos voltar no dia 1 do mês seguinte porquê não temos médico de família depois de estarmos ao frio, chuva, sem um sítio para nós abrigar ou sei já no descarnado

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