EM LISBOA APOIOS A SEM-ABRIGO DEVEM CONTINUAR

O vereador Manuel Grilo, da Câmara de Lisboa, quer que todos os sem-abrigo acolhidos nos centros de acolhimento em Lisboa, devido à pandemia, continuem a ter respostas de emergência até ser encontrada a forma de alojamento adequada.

O vereador dos Assuntos Sociais da Câmara de Lisboa, Manuel Grilo, quer que a resposta de emergência aos sem-abrigo se mantenham até ser encontrada a forma de alojamento adequada para estas pessoas. «O fim do estado de emergência não pode significar o regresso às ruas das pessoas agora acolhidas. Todos os que aceitem ter uma resposta de alojamento devem ter condições de não voltar para a rua», defende Manuel Grilo.

Segundo o autarca, a autarquia deve também definir espaços alternativos de continuidade de acolhimento mesmo depois da resposta de emergência, como quartéis e pousadas, «favorecendo a segmentação e a qualidade das condições e do acompanhamento a estas pessoas por profissionais especializados até que tenham respostas de longo prazo».

O autarca propõe ainda um reforço das respostas nas áreas do consumo de álcool e drogas, da saúde mental e a manutenção dos projetos de animação e intervenção nestes espaços e nos que possam vir a ser criados.

De acordo com o responsável pela pasta dos Direitos Sociais, devem simultaneamente «ser definidas as condições necessárias para a aceleração das respostas do Plano Municipal para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo com vista a resolver este problema social até 2023».

O gabinete de Manuel Grilo explica que já existe uma perceção de mais pessoas em situação de sem-abrigo, pelo que é necessário acelerar o plano, nomeadamente ao nível da bolsa de 200 postos de trabalho prevista e das casas do Programa “Housing First”.

Até 2023, estavam previstas um total de 400 casas no âmbito deste programa. O vereador diz que para já o número não se altera nem a baliza temporal, mas que se pretende «abrir as cerca de 300 vagas, além das 100 já em concurso, o quanto antes».


Devido à pandemia de Covid-19, nas últimas semanas, a Câmara Municipal de Lisboa abriu quatro centros de acolhimento de emergência para sem-abrigo, no Pavilhão Municipal Casal Vistoso, no Pavilhão da Tapadinha, na Casa do Lago e no Clube Nacional de Natação, que acolhem mais de 200 pessoas por dia.

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