EM ODIVELAS, DUARTE CORDEIRO E HUGO MARTINS DEFENDEM CONTINUIDADE DE MEDIDAS RESTRITIVAS

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, considerou em Odivelas que «se deve prosseguir o caminho das medidas restritivas» e manter a situação de calamidade nas 19 freguesias da AML, atingidas por novos surtos de Covid 19.

Os membros do Governo estão a reunir-se com autarcas dos cinco concelhos com freguesias em estado de calamidade. O Primeiro Ministro, António Costa, já se reuniu com os presidentes das Câmara de Sintra, Amadora e Loures, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e também coordenador da Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Saúde, António Sales, estiveram reunidos com o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, para confirmarem que é previsível manterem-se as medidas para as 19 freguesias afetadas pelo novo surto de Covid-19.

Duarte Cordeiro acredita que as medidas mais restritivas impostas em Odivelas estão a ter resultados positivos. No entanto, o secretário de Estado dá a entender, à semelhança do que afirma o presidente do município, que se deve manter a situação de calamidade no concelho.

Neste momento, segundo revelou Hugo Martins, Odivelas possui 380 casos ativos do coronavírus numa população de 160 mil habitantes. Nestes números não estão abrangidos os casos existentes nos lares.

Perante os dados que lhe foram apresentados, que demonstram existir uma estabilização da situação, o responsável governamental apontou para a «importância das medidas adotadas associadas ao estado de calamidade, não só pelo impacto junto dos cidadãos na prevenção, como também pelo resultado que permitiu em termos do combate». «Devemos prosseguir este caminho», sublinhou

«Os resultados são extremamente positivos», afirmou, por seu turno, o presidente da Câmara de Odivelas, Hugo Martins, adiantando que «65% dos casos se encontram debelados e tendencialmente haverá uma estabilização da situação».

Entretanto, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, reafirmou que Portugal está preparado para uma eventual segunda vaga do novo coronavírus, anunciando que, para que não haja um «cruzamento» com o surto de Covid-19, a vacinação contra a gripe, este ano, irá ocorrer mais cedo.


«Acreditamos que, se vier uma segunda vaga, nós estaremos preparados e temos os nossos planos de preparação», afirmou António Lacerda Sales, explicando que os planos de preparação passam por «reforçar a capacidade de instalação dos hospitais e das unidades de cuidados intensivos», seja com ventiladores, seja com recursos humanos».

No encontro de Odivelas, esteve também presente o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, na qualidade de presidente da Assembleia Municipal de Odivelas.

Ainda não é tempo de aligeirar

O objetivo destas reuniões – segundo revelou Duarte Cordeiro – «é perceber se estão a ser cumpridas as medidas de segurança e que resposta está a ser dada às famílias».

Entretanto, o primeiro-ministro, que não esteve presente na reunião, ao contrário do que aconteceu noutros concelhos como Loures, Amadora e Sintra, defendeu que está a resultar a metodologia de combate à covid-19 nas zonas da Área Metropolitana de Lisboa mais atingidas pela pandemia, mas considerou «prematuro aligeirar as medidas de contenção da pandemia».

No final de uma reunião com o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, António Costa afirmou que «tal como já tinha observado em Sintra e na Amadora na quarta-feira, a metodologia colocada em prática está a provar bem, porque se conseguiu estabilizar em Loures o número de novos casos de infeção e há uma tendência decrescente de casos ativos», o que dá confiança em relação ao caminho seguido.

No entanto, de acordo com o chefe do executivo, «mantém-se uma necessidade de seguir este caminho, procurando reforçar as equipas de forma a conservar um trabalho de proximidade».

Conselho de Ministros na terça-feira

Entretanto, está marcado um Conselho de Ministros extraordinário, na terça-feira, para analisar as medidas de desconfinamento devido à situação de calamidade das 19 freguesias dos concelhos da Amadora, Odivelas, Loures, Sintra e Lisboa, enquanto na restante Área Metropolitana de Lisboa foi aplicada a situação de contingência (nível intermédio).

A situação de alerta (nível mais baixo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil) foi declarada em todo o restante território nacional continental, tendo então o primeiro-ministro, António Costa, avisado que Portugal se iria manter nesta situação até a pandemia de covid-19 estar ultrapassada.

NR: Artigo atualizado em 12 julho

Quer comentar a notícia que leu?