ENTRE DERROTAS E CONQUISTAS, PS GANHOU A MAIORIA ABSOLUTA

Entre derrotas e conquistas, as novas contas do Parlamento fazem-se com pequenos ganhos (ou perdas) distrito a distrito e nem sempre os lugares na Assembleia da República se mantiveram dentro da mesma “família” política. É o caso da Área Metropolitana de Lisboa, onde o PS registou votações expressivas.

Os socialistas não foram os únicos a ir buscar deputados aos partidos da geringonça e ao PSD. Também o Chega conseguiu conquistar lugares aos partidos da esquerda e da direita, como aconteceu em Almada, Amadora, Cascais, Oeiras, Odivelas, Lisboa e Loures.

De facto, foi no distrito de Lisboa que aconteceram as maiores transferências de lugares no parlamento da esquerda para a direita. Os partidos de esquerda (BE, CDU e PAN) perderam seis lugares e o único partido de esquerda que somou mais lugares (apenas um) foi o PS, tendo sobrado cinco lugares que foram distribuídos por PSD, IL e Chega.

Em Setúbal, que também faz parte da AML, para além do PS e do Chega, aqui também a Iniciativa Liberal conquistou mais um lugar no hemiciclo. Neste distrito, a direita conquistou dois lugares à esquerda entre os deputados que Bloco, CDU e PAN perderam (menos um deputado cada um).

Em Almada, distrito de Setúbal, o PS obteve 45,68%, seguindo-se o PSD 17,48%, CDU com 9,07%, Chega  7,42% e BE e Il, respetivamente com 5,99 e 5,87%.

Já no distrito de Lisboa, o PS registou na Amadora 47,51%, seguindo-se o PSD com 19,38%, Chega 7,72%, CDU 5,79%, IL 5,67% e BE 5,04%.

Em Cascais, o PS também registou um resultado que, de certa forma, conseguiu ultrapassar as expetativas: 34,28%, o PSD alcançou 29,86%, o IL ficou em terceiro lugar com 10, 49%, Chega 8,19%, BE 4,10% e CDU 3,37%.

Em Oeiras, que tradicionalmente é um concelho social democrata, o PS obteve 36,82%, o PSD teve 27,80%, o IL ficou em terceiro lugar com 10,25%, seguindo-se o Chega com 5,75%, o BE 4,66% e CDU 4,32%.

O cenário vitorioso do PS repetiu-se em Odivelas, onde os socialistas alcançaram 46,17%, seguindo-se o PSD com 20,99%, Chega 8,89%, IL 6,09%, CDU 4,63% e BE 4,52%.

Na capital, ao contrário do que sucedeu nas eleições autárquicas, o PS registou um resultado que ultrapassou as perspetivas, tendo alcançado 36,43% dos votos expressos em urna, o PSD conseguiu 27,35%, IL 10,59%, Chega 5,59%, CDU 4,72%, BE 4,65% e Livre 3,82%.

Por último, em Loures, com 46,56%, o PS conseguiu um resultado que ultrapassou todas as expetativas, conseguindo «roubar» eleitores à CDU que, com os seus 7,42%, ficou em 4º lugar. O PSD foi a segunda força mais votada com 19,60%, seguindo-se o Chega com 8,51%, o IL 5,68% e o BE 4,26%.

Agora, após estes resultados que vão permitir ao PS apresentar o seu Orçamento do Estado, a partir do dia 22 de fevereiro (altura em que a Assembleia da República pode reunir-se pela primeira e o Partido Socialista deve eleger o presidente da AR), espera-se que António Costa, como já tinha prometido, leve este documento de imediato à discussão na Assembleia da República, o que pode acontecer no final de fevereiro ou início de março (dependendo, claro, se são levados até ao máximo os prazos da Lei Eleitoral).

Depois, segue-se sensivelmente um mês de discussão no Parlamento – a maioria do PS poderá levar à aceleração de algumas decisões –  e poderá entrar em vigor no início de abril.

Veja Aqui os resultados por concelho e por freguesia

Quer comentar a notícia que leu?