As mornas cabo-verdianas, na voz de Cremilda Medina, e o fado de Coimbra e canções napolitanas, interpretadas por Carlos Guilherme vão «subir aos palcos» da Fábrica da Pólvora de Barcarena, durante o próximo fim-de-semana.
Cremilda Medina, uma das vozes mais marcantes da música tradicional de Cabo Verde, vai levar no próximo sábado (5 de setembro), pelas 22 horas, as sonoridades das Mornas e Coladeiras do seu país a Oeiras, mais concretamente ao Auditório ao Ar Livre do Pátio do Enxugo, na Fábrica da Pólvora de Barcarena.
Carregando consigo parte da cultura do seu país, Cremilda Medina faz parte da nova geração da música popular/tradicional de Cabo Verde, no estilo de Morna e da Coladeira, dando seguimento à essência musical das ilhas crioulas.
Com uma carreira assente nas tradições do seu povo, com a musicalidade que caracteriza Cabo Verde, Cremilda deu-se a conhecer ao grande público com o seu álbum de estreia “Folclore”, um álbum que tem recebido as melhores críticas e que mereceu o reconhecimento nacional e internacional onde foi já merecedora de vários prémios.
Do seu repertório destaca-se: «Raio de Sol», de Miguel Silva e Renato Monteiro; «Um Sonho Cordode», de Paulino Vieira; «Nha Juquina», de Jon Luz; «Esse Pais» e «Nôs Morna, de Manuel de Novas, entre outros.
Domingo é a vez das serenatas, fados de Coimbra e canções napolitanas
Por outro lado, no dia a seguir, domingo (6 de setembro), é a vez do cantor lírico e tenor Carlos Guilherme, subir ao palco no Museu da Pólvora Negra, na Fábrica da Pólvora de Barcarena, no âmbito do programa «Música no Museu», da Câmara Municipal de Oeiras.
A Canção de Coimbra é uma expressão que se utiliza para abranger vários géneros musicais tais como a serenata, o fado, a trova, a balada, os cantos populares…. Também a Canção Napolitana engloba diversas abordagens como sejam a barcarola, a tarantela, a serenata, o canto popular….
A ideia de fazer coabitar neste concerto dois estilos aparentemente muito diferentes, até porque se situam em países diferentes, é evidenciar o paralelismo que se estabelece quanto às canções que se prestam ao estilo Serenata. Carlos Guilherme interpreta e reinventa ambos os géneros neste concerto Serenata.
O programa «Música no Museu», realiza-se todos os primeiros domingos de cada mês pelas 16 horas, com o objetivo de divulgar o Museu da Pólvora Negra e, mensalmente, conta com um artista diferente.
Em ambos os espetáculos são gratuitos, limitada à lotação da sala (200 pessoas no concerto de Cremilda Medina e 80 pessoas no de Carlos Guilherme) e de acordo com as normas de acesso relativas ao COViD19 impostas pela Direção Geral de Saúde Estes espetáculos também podem ser vistos em direto no Facebook do Município.