FUNERAL DE RUBEN DE CARVALHO NOS PAÇOS DO CONCELHO DE LISBOA

O corpo do antigo jornalista e dirigente comunista, Ruben de Carvalho, vai estar em câmara ardente nos Paços do Concelho de Lisboa a partir das 17h30 de sábado. O funeral é no domingo.O funeral de Ruben de Carvalho, antigo diretor do Avante e dirigente comunista que morreu esta terça-feira, vai realizar este domingo dia 16, informou em comunicado o secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português. O corpo do militante comunista vai estar em câmara ardente nos Paços do Concelho, em Lisboa, a partir das 17h30 de sábado, dia 15. O funeral seguirá para o cemitério do Alto de S. João onde haverá uma cerimónia de cremação às 15.00 de domingo.

O jornalista faleceu na madrugada de terça-feira no Hospital de Santa Maria, em resultado de «problemas de saúde que exigiram internamento hospitalar». Ruben de Carvalho tinha 74 anos e e esteve ligado à organização da Festa do Avante durante décadas, sendo reconhecido como um profundo conhecedor na área musical. Publicou vários livros sobre fado. Dois anos depois da Revolução, fundou a Festa do ‘Avante!’, que revelou no nosso país Dexys Midnight Runners ou Chico Buarque, conforme salienta Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Para além de ser diretor do Avante, Ruben de Carvalho passou pelas redações de publicações históricas de comunicação social. Enquanto militante comunista na clandestinidade esteve várias vezes preso antes do 25 de Abril. Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva nasceu em Lisboa a 21 de julho de 1944. Jornalista de profissão, foi chefe de redação da ‘Vida Mundial’ na década de 60 e do semanário ‘Avante!’ entre abril de 1974 e 1995, e cronista em vários jornais. Escreveu vários livros e deixa viúva Madalena Santos, «companheira de vida e de luta».

Culto, de mente ágil e espírito aberto, capaz de discutir sobre todos os assuntos com pessoas de todos os quadrantes políticos. Eis como será recordado Ruben de Carvalho, dirigente histórico do Partido Comunista Português.

Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a morte do jornalista e conhecido melómano com uma nota publicada no portal da Presidência da República.

«Defensor da liberdade desde jovem, deputado à Assembleia da República, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Ruben de Carvalho deixa um rasto de saudade em todos quantos tiveram o privilégio de partilhar a sua afabilidade de trato e reconhecer o seu empenhamento profundo na defesa das causas em que acreditava», escreveu o Presidente da República.

DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Sobre o falecimento de Ruben de Carvalho

 

 

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