FUTURO ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS

Lisboa vai ter, a partir de maio, junto à Doca de Santo Amaro, em Alcântara, um Museu da Reciclagem com exposições e experiências interativas. Fernando Medina conta com as crianças para sensibilizar os adultos para as causas ambientais.Lisboa é a Capital Verde Europeia 2020 e com o título vêm responsabilidades: educar, dar o exemplo, sensibilizar e contribuir para a mobilização de todos em torno da causa ambiental. Por todas estas razões e a pensar em tudo isto, foi apresentado hoje, 28 de janeiro, o projeto do «ReMUSEU: Repensar, Reutilizar, Reciclar», que pretende ser um espaço de conhecimento e experiências para a informação e sensibilização sobre a gestão dos resíduos, a economia circular e o ambiente.

Juntos neste projeto, inserido no âmbito de Lisboa Capital Verde Europeia 2020, a Câmara Municipal de Lisboa, o Electrão e o NewsMuseum pretendem «valorizar os resíduos, promover a reciclagem e contribuir para a mudança de comportamentos», afirmou Pedro Nazareth, diretor-geral do Electrão – Associação de Gestão de Resíduos.

Tendo em conta que um em três portugueses não recicla (ou fá-lo indevidamente), Pedro Nazareth considera que há ainda um longo caminho a percorrer. Um caminho onde terá lugar o ReMuseu, um espaço temporário com «princípio, meio e fim, reciclado e reciclável. É que assim que ficar por terminada a missão em Alcântara, um ano depois, os conteúdos serão encaminhados para um futuro centro interpretativo da Electrão».

Já o presidente da Associação Acta Diurna (NewsMuseum), Luís Paixão Martins, revelou que o «ReMuseu vai ser um centro de conhecimento e experiências para a informação e sensibilização para a gestão dos resíduos, a economia circular e o ambiente».

Luís Paixão Martins defendeu que o próprio museu é um exemplo da economia circular, pensado «para nos confrontar com a realidade e as nossas ações de todos os dias».

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que recebeu conjuntamente com os vereadores José Sá Fernandes e Carlos Castro os primeiros ingressos de entrada no futuro museu, saudou a iniciativa, sublinhando que é necessário «reforçar a emergência da ação climática, tendo em conta os indiferentes aos dados da ciência e a necessidade de reforçar os caminhos práticos às pessoas que estão mobilizadas».

Este espaço ‘da reciclagem’ da capital é uma instalação pop-up, ela própria reciclada e reciclável, dedicada à compreensão do ciclo de vida dos resíduos, à importância da sua reutilização e da reciclagem.


Com o mote «Repensar, Reutilizar, reciclar», o ReMUSEU vai ter – num registo imersivo e com exposições, instalações, experiências interativas e educativas – ideias e perguntas sobre o impacto do depósito indiferenciado de resíduos no planeta e a necessidade de mudança de comportamentos.

São «sete salas interativas que nos mostram que tudo pode ter uma segunda vida» explica o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, lembrando que «hoje estamos numa trajetória de insustentabilidade entre aquilo que a natureza nos oferece e aquilo que produzimos».

A nascer num parque de estacionamento subterrâneo junto à Doca de Santo Amaro, em Lisboa, e com abertura prevista para 17 de maio, o ReMuseu vai – defende Fernando Medina – contribuir para «uma grande mobilização para a causa ambiental», promovendo uma «campanha de comunicação direta com os cidadãos para explicar a importância da reciclagem».

Para o presidente da Câmara de Lisboa, «o galardão de Lisboa Capital Verde não representa a «glorificação» do trabalho feito em prol da causa ambiental, mas sim o de «promover movimentos de mobilização social» e de nos lembrar que «temos uma obrigação moral com as próximas gerações e que fizemos a nossa parte no combate às alterações climáticas».

O edil, que louvou a atitude dos ativistas ambientais ao exigirem aos governos e municípios medidas ambientais, defendeu «a importância das crianças em ensinar os mais velhos» em terem atitudes individuais que contribuam para a melhoria do meio ambiente.

Esperando que no final de 2020, Lisboa seja uma cidade «mais verde, mais reutilizadora e mais ‘reciclada’», Fernando Medina deseja que este novo espaço «contribua para a alteração dos hábitos de consumo dos portugueses», contando com as crianças para explicarem a «importância da reciclagem».

Este espaço vai «contar uma história comum, vai ser um centro vivo que porá a nu todo o processo de tratamento de resíduos e reciclagem, porque, desde que queiramos, quase tudo pode ter uma segunda vida. Até mesmo um museu», diz Fernando Medina, lembrando que a ideia nasceu antes de Lisboa ser distinguida como Capital Verde da Europa.

Vídeo oficial |NewsMuseum