No último ano e meio, foram quatro os centros tecnológicos de fabricantes automóveis a abrir portas em Lisboa. Em comum têm o país de origem: a Alemanha.
Todas destacam o ambiente dinâmico da capital portuguesa e a quantidade e qualidade dos recursos humanos locais.
Na inauguração deste centro, o primeiro do fabricante fora do território germânico, estiveram presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, entre outros convidados.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que se sentia «muito, muito feliz hoje por várias razões», a primeira das quais por ver o palácio, que conhece «há quase 60 anos, renovado e com algo diferente, olhando para o futuro e não para o passado».
Em terceiro, trata-se de «um investimento alemão», recordando o Presidente da República as «fortes relações entre os dois países, que estão a aprofundar-se e a aumentar todos os dias, todas as semanas».
«Hoje também é um bom dia, um dia feliz porque alguém me disse, eu ouvi, que estamos quase a ter um acordo, talvez amanhã (quarta-feira), depois de amanhã (quinta-feira), com uma empresa alemã de que vocês já ouviram falar, numa fábrica de que já ouviram falar, o que é muito bom. Só boas notícias», disse, sem referir o nome da empresa ou da fábrica.


“Parabéns. Vocês fizeram a escolha certa, o que são boas notícias para vocês e para nós”, acrescentou, a fechar o discurso, Marcelo Rebelo de Sousa.
Do total dos 300 especialistas a serem contratados para este centro, «principalmente no mercado de trabalho português», um terço deverá trabalhar em serviços baseados na “cloud’ (nuvem) especificamente para o setor dos “veículos comerciais para a MAN Truck & Bus”, refere a empresa.
«Estes centros da VW combinam metodologias de programação extremamente ágeis, para responder a objetivos em constante mudança, com uma atmosfera típica de uma startup», descreve a administração da VW.
Sobre a escolha da capital portuguesa como primeira localização fora da Alemanha o grupo afirma que “a região metropolitana de Lisboa mostra uma grande afinidade com os temas do digital, tem uma rede forte de empresas tecnológicas e startups e um forte ambiente académico de elevado desempenho com diplomados altamente qualificados”.
Este último recurso foi decisivo para a escolha, porque as 300 pessoas que estarão a trabalhar naquele palacete lisboeta até ao final de 2020 têm de ser dessa estirpe: especialistas nas áreas de engenharia de software, experience design, programação Java e frontend development e UX/UI design.