ALVALADE TEM RESIDÊNCIAS PARA ARTISTAS NO MERCADO DE ALVALADE

Auxiliar os artistas que ficaram numa situação periclitante com a pandemia foi a principal razão que levou a Junta de Freguesia de Alvalade a criar num armazém do mercado de Alvalade uma residência para artistas.

O presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, António Borges, entregou hoje a chave de um armazém do Mercado de Alvalade a dois artistas plásticos, o inglês Conrad Armstrong e a portuguesa Catarina de Moura que transformarão, temporariamente, até meio de setembro, o espaço na sua residência artística.

A atribuição deste espaço, segundo explica António Borges, surgiu após o apelo lançado pela plataforma cívica P´la Arte, no âmbito do projeto Espaços de Criação Artística, implementado após um estudo junto de artistas e profissionais das artes, que comprovou que, por causa da pandemia provocado pela Covid-19, duas dezenas de artistas residentes em Lisboa encontravam-se sem atelier.

Perante este facto, António Borges e a Junta de Freguesia de Alvalade que, neste momento, estão a desenvolver várias ações, nomeadamente o «À Vida no Bairro», que tem como motivo «levar as pessoas ao bairro de Alvalade, mostraram-se sensíveis a este apelo e encontraram um espaço para alojar os artistas. A Junta de Freguesia de Alvalade efetuou pequenas alterações no espaço, que era destinado a cargas e descargas do mercado, tornando-o mais recetivo e confortável à criação artística, proporcionando assim aos dois primeiros artistas plásticos a ocuparem a residência as condições necessárias para darem continuidade ao seu trabalho.

 Desenvolver ações culturais

A cedência do espaço, como refere António Borges, prevê como contrapartida o desenvolvimento de ações culturais no território de Alvalade. Assim, Mariana Duarte Santos, que já entrou na residência, Paulo Albuquerque e Francisco Gomes, que entram a partir do meio de setembro, vão desenvolver várias actividades que mostram à população residente e visitante do bairro de Alvalade, o que é «a vida e o ser artista».

Segundo o acordo existente com a junta de freguesias, os artistas vão ter os estúdios abertos (mediante marcação) para visitas, onde expõe, de uma forma informal, os seus trabalhos.


Por seu turno, a Plataforma de Performance e Arte vai apresentar uma exposição coletiva, onde os «diferentes criativos possam partilhar com uma audiência novos projectos em construção».

Paralelamente, vai ser criado um espaço de workshop, para abordagens do Desenho Nu ou outra prática de desenho; de movimento; e de performance com a utilização de objectos relacionais (referência: Lygia Clark).

Nestes três casos «encontros», todos com entrada gratuita, os artistas em residência desenham e dirigem os exercícios e actividades.

Todo este processo de experiência artística vai ser documentado, prevendo-se a criação de um arquivo digital/analógico para ser partilhado com a P’la Arte em redes sociais/ website/ etc.

 

 

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