Intemporal Chorus “quer trazer” mais jovens para a música

O (In)temporal Chorus, que ensaia no Centro Cultural de Algés, tem três anos de existência e quer agora atrair mais jovens para este coletivo. Recentemente, recebeu um novo maestro, de forma a modernizar a atividade do coro.

Nadine Mesquita é fundadora e presidente do (In)temporal Chorus, uma entidade sediada em Queluz de Baixo, mas que ensaia no Centro Cultural de Algés, espaço cedido pela União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada/Dafundo. O coletivo tem três anos de existência, e quer agora tornar a sua atividade mais moderna.

Para tal, conta com um novo maestro, Alberto Araújo, que vem substituir Fernando Quintela, também ele um dos fundadores do coletivo. “Foi uma pessoa que nos ajudou a crescer”, salienta Nadine Mesquita, ressalvando, contudo, que o profissional tinha uma vertente “mais clássica” do que “aquilo que nós estávamos a colocar na nossa filosofia”.

“Ou seja, nós defendemos um coro mais comunitário”. O objetivo é aproximar mais a comunidade do Intemporal, que tem, atualmente, cerca de 20 coralistas. Por outro lado, a direção do coletivo quer também aumentar o número, para 40, e ainda criar um coro infantil. “[O novo maestro] traz um reportório muito fresco e tem uma visão mais atual”, prossegue Nadine ao Olhar Oeiras, frisando que este coro é aberto a todas as pessoas, de todas as idades, e não é preciso ter formação musical. Na perspetiva da responsável, a formação através da música “é uma coisa que nos enriquece”.

“[Queremos] voltar a sensibilizar a população em geral de que as vozes das crianças têm muito para dizer”, acrescenta Nadine Mesquita. Atualmente, o (In)temporal Chorus tem audições abertas, às terças e às quintas-feiras, das 19h00 às 21h00. “Penso que, num curto espaço de tempo, voltemos a ter os mesmos ou mais membros do que tínhamos inicialmente, que eram 30 coralistas”, conta Nadine, expetante de que o novo maestro contribua para chamar mais jovens para o coro. Outros objetivos passam também por chamar pianistas e criar uma escola musical.

“O Centro Cultural de Algés (CCA) é um espaço muito limitado e que não nos permite crescer muito mais”, lamenta a presidente do (In)temporal Chorus. A ideia será trazer “professores com programas próprios e promover a música nas escolas”, reforça Nadine Mesquita, que gostava também de promover encontros intergeracionais.

Outros desejos passam por criar “projetos comuns com outros agentes culturais e sociais de Oeiras”, reforça. Em abril, o (In)temporal Chorus participou nas comemorações do 25 de Abril, promovidas pela Câmara Municipal de Oeiras, e também no concerto do Coro Comunitário da Câmara de Oeiras, que contou com a participação de todos os coros do concelho.

Em três anos de atividade, o (In)temporal Chorus já participou em vários eventos públicos no concelho, mas também fora, considerando-se, por isso, “embaixadores de Oeiras”, como refere Nadine Mesquita. O coro nasceu em plena pandemia, da vontade de um grupo de amigos que, embora não tivessem nenhuma ligação ao meio, gostam da área musical. “Foi um desejo de uma noite de fim de ano”, acrescenta a responsável.

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